A Polícia Civil cumpre, nesta sexta-feira (15), mandados de busca e apreensão, sequestro de bens, de bloqueio de ativos financeiros e prisão preventiva em São João Nepomuceno, durante a segunda fase da Operação “Sepulcro Caiado”.
A operação investiga uma quadrilha com atuação interestadual, que mantinha vínculo com narcotraficantes do Estado do Rio de Janeiro e ramificações também no Estado do Espírito Santo e São Paulo.
São seis mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva e os alvos são dois jovens, de 24 e 25 anos, e uma distribuidora de bebidas e venda de carnes. Segundo a Civil, a empresa supostamente seria utilizada para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.
O rapaz de 24 anos é o proprietário formal da empresa e está preso; o outro ainda está foragido. Até a publicação desta matéria, a Civil já apreendeu diversas munições tanto de uso permitido quanto de uso restrito (9mm), um revólver carregado e outros materiais de interesse investigativo, além de três veículos apreendidos.
As buscas continuam para localizar o alvo foragido, que é investigado, entre outros crimes, por lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa direcionada ao tráfico interestadual de drogas.
Primeira fase da operação
A primeira fase da Operação “Sepulcro Caiado” resultou no sequestro de 14 imóveis e 49 veículos, 30 semoventes (são os bens constituídos por animais selvagens, domesticados ou domésticos), decretação de 48 mandados de prisões preventivas e bloqueio de ativos financeiros até o limite de 3,5 bilhões.
De acordo com o Delegado Rômulo Segantini, coordenador do Laboratório Contra Lavagem de Dinheiro, as diligências de sexta ainda estão em andamento e mais tarde novas informações serão prestadas.
Em agosto, em Juiz de Fora, a operação culminou com a prisão de 29 pessoas em Juiz de Fora. Segundo a Polícia Civil na ocasião, as atividades ilícitas que levaram a realização de buscas em 21 empresas da cidade. As investigações ocorrem há dois anos e incluem duas grandes apreensões que ocorreram em 2022.
A primeira, aconteceu no Bairro Novo Horizonte, em maio de 2022, quando foram apreendidas 280 barras de maconha 20kg de pasta base de cocaína, avaliados em R$1 milhão. A segunda, ocorreu no estacionamento do Hospital Albert Sabin, em julho, quando 276 barras de maconha, avaliadas em R$300 mil.
O nome da operação, 'Sepulcro Caiado', é um termo bíblico, que transmite a ideia de algo bonito por fora, mas que é fétido por dentro, revelando o seu verdadeiro significado, em referência à natureza do esquema criminoso investigado.
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