Quinta-feira, dia 21 de fevereiro de 2008, atualizada às 13h
Cerca de 30% da população de Juiz de Fora é fumante
*Colaboração

Segundo a assistente social do Serviço de Controle, Prevenção e Tratamento do Tabagismo (Secoptt) da Secretaria de Saúde, Saneamento e Desenvolvimento Ambiental (SSSDA), Hélia Dias, cerca de 30% da população juizforana é fumante.
"É difícil mensurar um número, não há pesquisas sobre isso, mas essa relação
é feita de acordo com o número de habitantes do país e o número de habitantes dos
municípios, é como se fosse uma regra de três simples"
, comenta Hélia.
Muitos problemas de saúde são decorrentes do consumo do tabaco, por isso há uma
preocupação com o uso indiscriminado de cigarros e cigarrilhas. "Há uma lei
que impede que os fumantes façam uso desses produtos em locais públicos, a menos
que seja feito em espaços destinados para isso"
, comenta a assistente social
do Hospital Universitário, Ana Lúcia
Vargas.
O ministro José Gomes Temporão informou que um projeto para banir os fumódromos em todo país vai enviado ao Congresso Nacional até o final do mês de fevereiro, mas Ana Lúcia acredita que essa medida é paliativa.
"Deve ser preservado para os fumantes o direito de fumar, é uma opção dessas
pessoas, mas ao mesmo tempo, é preciso que seja respeitado o direito das pessoas
que não gostam da fumaça. Os fumódromos não são ideais uma vez que não respeitam
o próximo"
, afirma Ana Lúcia.
Para ela, o fumante passivo acaba ingerindo a fumaça do cigarro e, dessa forma,
fica exposto aos riscos da nicotina e do tabaco. "O risco aumenta de acordo
com o período e o nível de exposição da pessoa à fumaça"
, comenta.
Segundo Hélia, em Juiz de Fora há serviços privados de atendimento ao fumante como
consultórios particulares, clínicas de tratamento e planos de saúde. "No serviço
público acontece da seguinte maneira: O Ministério da Saúde criou um programa
nacional de combate ao tabaco e os municípios de médio porte, como Juiz de Fora,
criaram uma coordenação que oferece capacitação para as unidades de saúde que
oferecem o tratamento caso cumpram as exigências do ministério"
, afirma.
*Renata Solano é estudante de Comunicação Social da UFJF