Evento comemora mudanças no modelo de tratamento dos portadores de doença mental

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Terça-feira, 18 de maio de 2010, atualizada às 19h

Evento comemora mudanças no modelo de tratamento das pessoas com doença mental

Daniele Gruppi
Subeditora

Os juizforanos participaram nesta quinta-feira, 18 de maio, do Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Segundo a coordenadora do Centro de Convivências Recrear, Ilka de Araújo Soares, a data marca a comemoração das mudanças no modelo de tratamento dos portadores de doença mental.

Durante décadas, no Brasil e no mundo, o tratamento se dava exclusivamente através da internação em hospitais psiquiátricos. Atualmente há uma inversão desse modelo. "Neste dia, existe a necessidade de refletir sobre os rumos da construção de uma rede para substituir o hospital psiquiátrico, a qual deve ser constituída por diversos serviços de tratamento e de inclusão social."

De acordo com Ilka, a implantação de serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os centros de convivência, residências terapêuticas, dentre outros, está avançando em Juiz de Fora. Entretanto, ela afirma que os serviços devem ser fortalecidos, bem equipados e disponíveis para os pacientes.

Para a coordenadora, o evento é importante para divulgar todos os serviços relacionados à saúde mental. "Ainda existe preconceito na sociedade quanto aos portadores de doença mental. Mas, quando fazemos movimentos como este, ajudamos a mudar o olhar discriminatório."

Durante a celebração, foi promovido um conjunto de atividades culturais, artísticas e informativas. Para o gestor de saúde mental do município, José Eduardo Amorim, a comemoração agrega usuários, técnicos, familiares, simpatizantes, auxiliando na disseminação de mensagens sobre a saúde mental, diminuindo falsas noções da doença e de preconceitos. "Os próprios usuários sentem-se agraciados." A paciente do Centro de Convivência Recrear, Ana Maria Venâncio, aprovou a iniciativa, mas fez um apelo. "Não adianta esta união toda, se não há investimento no tratamento."

Pacientes em tratamento 

Os textos são revisados por Madalena Fernandes