Violência Psicológica
Violência psicológica que é a agressão emocional, tão ou mais grave que a física, comportamento típico de quem ameaça, rejeita, humilha, discrimina... compulsivamente. Configurando muitas vezes crime de ameaça.
Sem esquecer da violência moral que é caracterizada pela calúnia, difamação, injúria.
Infelizmente estas violências veem acontecendo em muitos lares disfuncionais.
Quando estes termos são citados pensa-se na mulher como vítima.
Porém, acontece muito partindo das mulheres contra os homens. Dos filhos contra os pais; pais contra filhos; contra idosos; idosos contra seus familiares; mãe contra filha e vice-versa; pai contra filho ou filha adotiva e por aí vai.
Neste turbilhão de sentimentos e emoções perguntamos: Qual a linha tênue que separa o equilíbrio do desequilíbrio? Esta linha chama-se auto-conhecimento.
Muitas vezes a repressão nos impede de ter consciência de nossos sentimentos, e por desconhecermos nossos medos mais profundos levantamos muralhas imensas de defesa que muitas vezes são externadas através da violência.
A violência da arrogância, do orgulho, do despotismo, do silêncio silenciado..
Por trás destas violências tão comuns está o medo e a baixa autoestima. A pessoa agredida raramente se dá conta da imensa fragilidade de seu agressor.
Por isto o perigo do julgamento precipitado, o perigo do revide, o perigo do excesso de adrenalina levar a gestos impensados, palavras impensadas.
Aliás, o que nos diferencia dos animais é justamente “pensar”-“conhecer”. Não me refiro aqui aos psicopatas que pensam muito e sentem pouco, que são isentos de senso moral e de afeto.
Me refiro a todos que na sua intimidade são violentos psicológicos e fora são socialmente gentis e queridos, ou até mesmo o contrário, em casa excelentes de se conviver mas socialmente intratáveis.
Para lidar com estas situações é importante observar as falhas educacionais como o abandono psicológico (não me refiro a abandono físico), como o excesso ou a falta do limite e muitas outras falhas que no fundo cada um sabe a sua.
Tudo isto para entender o agressor.
Mas é importante que a vítima não só compreenda o agressor, mas principalmente a si mesmo.
Procurar não cair na armadilha da auto-piedade.
Pensar qual o gatilho que foi acionado dentro de si mesmo para aceitar a violência, seja ela qual for. E principalmente se questionar se está preparado para sair desta situação e não buscar outra, ou seja, não deslocar a sua vitimização.
Não tem jeito, a saída é o AUTO- CONHECIMENTO.
Ana Stuart
é psicóloga e terapeuta familiar
Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!