Ana Staurt Ana Staurt 25/11/2009

Violência Psicológica

Uma mulher chorandoViolência psicológica que é a agressão emocional, tão ou mais grave que a física, comportamento típico de quem ameaça, rejeita, humilha, discrimina... compulsivamente. Configurando muitas vezes crime de ameaça.

Sem esquecer da violência moral que é caracterizada pela calúnia, difamação, injúria.

Infelizmente estas violências veem acontecendo em muitos lares disfuncionais.

Quando estes termos são citados pensa-se na mulher como vítima.

Porém, acontece muito partindo das mulheres contra os homens. Dos filhos contra os pais; pais contra filhos; contra idosos; idosos contra seus familiares; mãe contra filha e vice-versa; pai contra filho ou filha adotiva e por aí vai.

Neste turbilhão de sentimentos e emoções perguntamos: Qual a linha tênue que separa o equilíbrio do desequilíbrio? Esta linha chama-se auto-conhecimento.

Muitas vezes a repressão nos impede de ter consciência de nossos sentimentos, e por desconhecermos nossos medos mais profundos levantamos muralhas imensas de defesa que muitas vezes são externadas através da violência.

A violência da arrogância, do orgulho, do despotismo, do silêncio silenciado..

Por trás destas violências tão comuns está o medo e a baixa autoestima. A pessoa agredida raramente se dá conta da imensa fragilidade de seu agressor.

Por isto o perigo do julgamento precipitado, o perigo do revide, o perigo do excesso de adrenalina levar a gestos impensados, palavras impensadas.

Aliás, o que nos diferencia dos animais é justamente “pensar”-“conhecer”. Não me refiro aqui aos psicopatas que pensam muito e sentem pouco, que são isentos de senso moral e de afeto.

Me refiro a todos que na sua intimidade são violentos psicológicos e fora são socialmente gentis e queridos, ou até mesmo o contrário, em casa excelentes de se conviver mas socialmente intratáveis.

Para lidar com estas situações é importante observar as falhas educacionais como o abandono psicológico (não me refiro a abandono físico), como o excesso ou a falta do limite e muitas outras falhas que no fundo cada um sabe a sua.

Tudo isto para entender o agressor.

Mas é importante que a vítima não só compreenda o agressor, mas principalmente a si mesmo.

Procurar não cair na armadilha da auto-piedade.

Pensar qual o gatilho que foi acionado dentro de si mesmo para aceitar a violência, seja ela qual for. E principalmente se questionar se está preparado para sair desta situação e não buscar outra, ou seja, não deslocar a sua vitimização.

Não tem jeito, a saída é o AUTO- CONHECIMENTO.

 


Ana Stuart
é psicóloga e terapeuta familiar


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