Quinta-feira, 7 de agosto de 2014, atualizada às 08h52

Começa a valer a multa ao patrão que não assinar carteira de doméstica

Empregada doméstica

Começa a valer a partir desta quinta-feira, 7 de agosto, a multa de R$ 805,06 para o patrão que não assinar a carteira do trabalhador doméstico. A previsão está na Lei 12.964/14.

Segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad) 2012, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 6,35 milhões de domésticos no Brasil, 4,45 milhões (70% da categoria) são informais.

O Ministério do Trabalho fará a fiscalização por meio de denúncias. Para fazer uma denúncia, o trabalhador, um parente ou pessoa próxima deve procurar uma unidade regional do ministério - Agência do Trabalhador, Delegacia do Trabalho, Superintendência Regional do Trabalho - onde terá de preencher um formulário com os dados do empregador. O patrão será notificado a comparecer a uma Delegacia do Trabalho para prestar esclarecimentos.

Caso o empregador não compareça, a denúncia será encaminhada ao Ministério Público do Trabalho para que tome as providências cabíveis, informa a Secretaria de Inspeção do Trabalho. O órgão informa ainda que não haverá fiscalização nas residências, observando o artigo 5º da Constituição Federal, que diz que o lar é inviolável.

A lei ainda determina que o registro das informações na carteira seja obrigatório, mesmo nos casos em que o profissional esteja em período de experiência. Além disso, se a pessoa trabalha pelo menos três dias por semana para uma família, precisa ser registrada dentro das normas. São considerados trabalhadores domésticos, cuidadores, auxiliares de limpeza, cozinheiras, jardineiros, motoristas e caseiros e babás, entre outros.

A lei que determina a punição por falta de registro não faz parte da chamada PEC das Domésticas, emenda constitucional que igualou os direitos dos empregados domésticos aos dos demais trabalhadores, promulgada em abril do ano passado. Entretanto, é considerada mais uma conquista dos trabalhadores já que pressiona os patrões a formalizar a situação dos domésticos. Vários dos direitos previstos na PEC das Domésticas ainda não foram regulamentados.

Com informações da Agência Brasil

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