Reiki Terapia: como a conheci

O Reiki surgiu na minha vida quando meu pai estava muito mal. Eu morava em outra cidade e, quando vim visitá-lo em Juiz de Fora, no trajeto do Rio para cá, conheci o terapeuta homeopata, acupunturista e reikiano Henrique Oliveira.

Meu pai tinha sido operado para inserir um stent cardíaco. Do ponto de vista do médico responsável, a operação tinha sido um sucesso. Só que não. Alguma coisa lhe causou muito mal. O pai sempre foi muito inteligente e tinha familiaridade com a literatura médica, mas não fazia ideia do que estava acontecendo no seu corpo para ajudar o médico a ajudá-lo. Ele tinha dificuldade em respirar, comportamentos estranhos: não parava deitado, não parava sentado, sentia muito calor... Diversos exames foram feitos e não deram em nada. Como não descobriam o que era, com o consentimento dele, nós o tiramos do hospital e o trouxemos para casa. O problema é que, mesmo seguindo categoricamente a medicação, aquela agonia só aumentava. Nós não sabíamos o que fazer para dirimir a sua dor. Lembrei-me do terapeuta Henrique e o chamei para uma aplicação de Reiki. Quando a aplicação começou, eu disse para o papai que podíamos parar a sessão a qualquer momento, caso ele preferisse. Eu confesso, que naquele momento, eu duvidei que simples mãos pudessem produzir algum efeito. Eu não sabia que existia alguma técnica para a prática de imposição de mãos (Veja mais na matéria do Globo Repórter). Aliás, fiquei envergonhada do meu desespero e impulsividade por tê-lo chamado. Mas, para a minha surpresa, o pai afirmou se sentir bem e pediu que continuasse. E de fato, a sua agitação diminuiu, ele ficou mais sereno e muito agradecido. Eu fiquei impressionada não apenas por ter testemunhado aquilo, como também pelo fato do papai ter gostado, pois sempre foi muito incrédulo para esse tipo de práticas. Em seguida, o Henrique, muito carinhosamente, avisou que a coisa era séria e era preciso chamar um profissional da área para averiguar o mais rápido possível. E disse baixinho pra mim: talvez ele só tenha ganho um pouco mais de tempo.

Quando voltei para a Ilha do Desterro, Florianópolis, eu não sabia que ia enfrentar um tsunami de depressão na minha família. Começou forte em minha mãe e desaguou no que era resto de nós... Custou a passar...

Depois de alguns anos, ouvi sobre o Reiki e a meditação novamente, mas eu não importava. Eu só testei em mim, quando alguém que me devia um valor em dinheiro propôs que me pagasse umas sessões de Reiki para eu experimentar. Aceitei. E a partir disso, realmente, a energia da minha vida foi mudando bastante.

 

Todos nós temos energia. Aliás, a física quântica está aí para demonstrar que tudo é energia. Trabalhar com o Reiki é dispor de uma energia inteligente que ao ser canalizada por um terapeuta e aplicada num indivíduo (humano, animal, vegetal) reequilibra a sua vitalidade.

Então, a energia pode se estagnar em nosso organismo? Sim. De acordo com as terapias holísticas, onde houver algum problema físico ou dor emocional, ali deve haver um bloqueio energético, que se ficar por muito tempo, pode causar doenças. E doenças graves. Talvez, por isso o antigo ditado: “prevenir é melhor que remediar” _ remediar de adiar e de dar remédio. Quando o campo vital alojar um bloqueio por muito tempo, outras estagnações vitais podem ocorrer e uma recuperação será bem mais difícil.

Reiki é um método (existem outros) para reequilibrar a energia no organismo assegurando a fluidez de seu movimento e, assim, reduzir a dor, acelerar a cura, diminuir os sintomas das doenças, proporcionar relaxamento. É benéfico antes e depois de intervenções cirúrgicas, alinha o campo energético, fortalece o sistema imunológico, resolve problemas de insônia, atua em estados depressivos e proporciona muitos outros benefícios. Como afirma uma das principais referências do Reiki método Usui, Jonh De Carli: “o Reiki não é milagre. É tratamento. Quem cura é Deus ou o médico. O Reiki é uma forma de reposição energética”, cósmica, natural, harmônica e essencial a todo ser vivente. É a dádiva da Luz aos seres vivos. Os japoneses chamam de Ki, os chineses de Chi, os indianos e tibetanos de Prana, os cristãos de ‘Sopro de Vida’. Sem essa essência, somos apenas massa celular. Alguns insistem em querer provas físicas de sua existência. Quem sabe futuramente? Mas a medicina sabe que, até hoje, só na literatura de Mary Shelley a Ciência pôde reproduzir essa essência, quando juntou um amontoado de tecidos humanos e soprou-lhe um nome: Frankstein. Apesar da dificuldade em provar estatística e materialmente a ação dessa essência, tem crescido os estudos em enfermagem, psicologia e mesmo em medicina sobre os seus efeitos em pacientes. Vale a pena acompanhar os bons resultados que os trabalhos acadêmicos têm demonstrado.

Para quem ainda não sabe, os ideogramas REI-Ki podem significar “Chuva Maravilhosa de Energia Vital” ou “Chuva Maravilhosa de Sabedoria Divina em forma de energia vital”. Ela permeia todas as coisas e circunda todos os lugares. É o sistema de harmonização natural mais antigo que a humanidade conhece, sua tradição remonta a escritos em sânscritos, antiga língua indiana, há mais de 2000 anos. Mas, em 1922, foi redescoberto por um japonês, Mikao Usui.  A prática se espalhou pelos Estados Unidos, especialmente através da mestra Hawayo Takata e suas netas nos anos 1940 e depois para a Europa nos anos 1980.

 

Qualquer pessoa aberta ao Reiki pode aprendê-lo. Até mesmo crianças podem ser sintonizadas e não é necessário alto grau de instrução. Uma vez sintonizada, a pessoa pode aplicar em pessoas, em animais, vegetais, alimentos, situações.

Nesse sistema de autocura há algumas técnicas, dentre elas a técnica do GASSHO, uma meditação, e a prática diária de cinco princípios que qualquer pessoa pode realizar.

Só por hoje confio
Só por hoje estou calmo
Só por hoje sou grato a tudo e a todos
Só por hoje trabalho honestamente.

Esses princípios e a meditação nos estimulam a pensar no presente e a manter a mente em alta sintonia. Mais adiante voltamos ao assunto.

Até a próxima.

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