Armando Falconi Filho Armando Falconi Filho 01/08/2008

Hipnose terap?utica

Foto de Falconi segurando um rel?gio A hipnose pode ser definida como um estado alterado de consci?ncia ou percep??o. Em termos simples, a hipnose ? um estado de profundo relaxamento no qual o consciente e o inconsciente do paciente podem ser focalizados para ficarem mais receptivos ? sugest?o terap?utica.

A hipnose ? velha conhecida na hist?ria da humanidade. Usada tanto no velho oriente, como aqui no ocidente, vamos encontrar em muitos povos e culturas.

Registrada em papiros, hier?glifos, estelas e outros documentos antigos, era passada de gera??o a gera??o por aqueles que trabalhavam com a parte espiritual da cultura dos povos e ra?as.

Est? sempre presente nos rituais inici?ticos de ne?fitos, quando tinha acesso aos Arcanos dos ensinamentos e rituais praticados em templos dedicados a diversos deuses.

No campo de tratamentos de pessoas, era e continua sendo utilizada freq?entemente por religiosos, por xam?s, por profissionais de sa?de mental, por terapeutas hol?sticos, por pesquisadores da mente humana.

Foi perseguida como bruxaria, at? as tentativas de regularizar por lei que s? poderia ser praticada por determinadas classes profissionais.

Em sua trajet?ria o hipnotismo causou pol?micas. No s?culo XVIII, o m?dico alem?o Franz Mesmer (1734-1815) usou a hipnose para curar doen?as.

Ele achava que, provocando del?rios e convuls?es nos pacientes hipnotizados, colocaria os fluidos do corpo em harmonia, banindo o mal.

Mesmer, tido na ?poca como um charlat?o, acabou lan?ando as bases do hipnotismo cient?fico. A hipnose, at? ent?o, era apenas n?mero de circo.

O m?dico franc?s Jean-Martin Charcot (1825-1893) tamb?m usou a t?cnica e foi imitado por seu disc?pulo, o psiquiatra austr?aco Sigmund Freud (1856- 1939), fundador da Psican?lise. Mas tanto Freud, quanto o seu mestre abandonaram a hipnose ao notar que ela podia agravar os surtos psic?ticos.

Patrim?nio da humanidade, desde que feita por pessoa com conhecimentos e compet?ncia, que aja de maneira ?tica, respons?vel e segura, ? uma excelente ferramenta de ajuda a sa?de integral do ser humano, podendo ser utilizada tamb?m para diversas outras fun?es como explicaremos ao longo deste artigo.

Quando se usa a hipnose para tratar um problema f?sico ou psicol?gico, chamamos o processo de hipnose terap?utica ou de hipnoterapia.

Voc? est? com sono? muito sono?

Desenho de uma cobrinha Uma sess?o em que os est?mulos repetitivos s?o a pe?a-chave. Durante a sess?o, o paciente deve ficar em uma posi??o bem confort?vel. Para deix?-lo em transe, ? preciso repetir um est?mulo.

No passado, os terapeutas usavam est?mulos visuais, como um p?ndulo balan?ando.

Hoje os hipnotizadores consideram que usar sons repetitivos, como o tique- taque de um rel?gio, um trecho mel?dico musical repetido, bem mais eficiente.

A maioria usa a pr?pria voz, falando frases ou palavras sem parar, em um tom mon?tono. O ritmo indicado ? o dos batimentos card?acos.

O resultado ? melhor quando a gente pronuncia palavras associadas a relaxamento, "sono", por exemplo.

Uma sess?o completa n?o ultrapassa meia hora. Mas ? poss?vel prever a dura??o de um tratamento baseado em hipnose, que pode resultar em v?rias sess?es.

A hipnose utiliza a t?cnica de indu??o do transe, que ? um estado de relaxamento semiconsciente, mas com manuten??o do contato sensorial do paciente com o ambiente.

Quando o transe se instala, a sugestibilidade do paciente ? aumentada; o que requer um elevado n?vel ?tico do hipnotizador. A hipnose leva ent?o ?s v?rias altera?es da percep??o sensorial, das fun?es intelectuais superiores, exacerba??o da mem?ria (hiperamn?sia), da aten??o e das fun?es motoras.

Estabelece-se um estado de altera??o de estado da consci?ncia, um tipo de estado que simula o sono, mas n?o o ? (a pessoa n?o "dorme" na hipnose): o eletroencefalograma (EEG) do paciente sob hipnose ? de vig?lia, e n?o de sono.

N?o se conhece ainda completamente como a hipnose altera as fun?es cerebrais. Uma das teorias atuais ? que ela afetaria os mecanismos da aten??o, em uma parte do c?rebro chamada subst?ncia reticular ascendente (SRA), localizada na sua parte mais basal (tronco cerebral). Essa ?rea, que tamb?m tem muitas fun?es relacionadas ao sono, ao estado de alerta, e ? percep??o sensorial, "bombardeia" o c?rebro continuamente com est?mulos provenientes dos ?rg?os dos sentidos, provocando excita??o geral. A inibi??o da SRA leva aos estados de sonol?ncia e "desligamento" sensorial.

Pode acontecer comigo?

Quase todo mundo j? experimentou alguma forma de hipnose em algum momento da sua vida. Pense numa vez em que voc? dirigia em uma estrada e se pegou, por um breve momento, inconsciente daquilo que estava fazendo, ou uma vez em que estava t?o envolvido em um programa de televis?o que nem se deu conta quando algu?m entrou na sala.

Na verdade, toda hipnose ? auto-hipnose e o paciente est? sempre no controle. N?o h? nada a temer, porque a hipnose ? um processo completamente seguro quando usada profissionalmente. O relaxamento que voc? vai experimentar ser? agrad?vel e regenerador.

A sensibilidade ? hipnose, ? quase geral, cerca de 90% das pessoas ? hipnotiz?vel pelo menos a n?vel das necessidades de terap?uticas; alguns podem n?o s?-lo para etapas mais profundas, como de pesquisa pura. Esses 90% t?m graus diferentes de sensibilidade: todos eles podem ser colocados sob hipnose, mas isso depende do terapeuta hipnotizador, que tem que realizar um esfor?o maior ou menor em seu trabalho.

Voc? pode estar se perguntando: - E os outros 10%? Nossa resposta ?: - Bem, como a hipnose depende do est?mulo da palavra (d?bil, r?tmica, mon?tona e persistente), s? n?o entrar?o na hipnose os surdos e os totalmente inaptos a compreender a ess?ncia m?nima do que lhes esteja sendo dito.

Indica?es da hipnose

Desenho de uma cobrinha A hipnose tem muitas indica?es espec?ficas em Terap?utica Humana. O profissional encarregado de promover o tratamento pela hipnose deve tomar a decis?o quanto ? aplicabilidade do tratamento.

Ele deve obter um hist?rico completo do paciente para determinar se existem condi?es f?sicas ou emocionais que contra-indiquem o uso da hipnose. Em certos problemas emocionais severos como a psicose e estados "borderline", a hipnoterapia pode ser inadequada.

Tirar a dor ? uma das suas indica?es b?sicas. Na verdade, como n?o se pode mentir ao paciente sob hipnose, a sugest?o n?o ? de que a dor deixou de existir, mas que ela se vai transformando, progressivamente, numa sensa??o toler?vel de formigamento ou de calor.

Outra ?rea de aplica??o da hipnose terap?utica, com bons resultados, ocorre no controle das doen?as psicossom?ticas, tais como a asma, o c?lon irrit?vel, e os problemas psicodermatol?gicos (como eczemas).

Nos transtornos psico-emocionais, assim como em casos de: emagrecimento, fobias, depress?o, ansiedade, problemas de fala, terapia de regress?o de idade.

Na medicina: psiquiatria, anestesia e cirurgia, doen?as psicossom?ticas, ginecologia e obstetr?cia, controle de sangramento, tratamento de queimaduras, dermatologia, pediatria (enurese noturna, pesadelos, timidez e inadapta??o).

Na Odontologia: medo de ir ao dentista, cirurgia odontol?gica, bruxismo, controle de sangramento, controle da saliva??o excessiva, da dor e etc.

O controle dos impulsos ? outra excelente ?rea de atua??o para a hipnoterapia. Ela se revelou de grande valor para o tratamento de dist?rbios das condutas dependentes do controle de impulsos, tais como:

- as altera?es de comportamento alimentar (obesidade, anorexia e bulimia);
- os impulsos inibidos ou exacerbados da sexualidade e a corre??o de suas disfun?es em todas as faixas et?rias;
- o controle do impulso do jogo;
- as diferentes depend?ncias qu?micas, do ?lcool, da coca?na, passando pelo fumo.

Para melhorar a concentra??o ou mem?ria, aumentar a auto-estima e fortalecer o ego.

Desenho de um espiral A hipnose tamb?m tem valor quando usada para complementar outras formas de tratamento como nos casos do dom?nio sobre os sintomas da doen?a do p?nico, no controle do impulso suicida e reativa??o dos valores da vida, etc.

Com sinceros votos de muita paz a tudo e a todos, ficamos ? disposi??o para responder e esclarecer pontos relacionados a este tema. Quer saber mais? Entre em contato conosco, pois as informa?es s?o muitas, mas o espa?o do artigo ? limitado. Aguardamos seu e-mail.

Encerramos com sauda?es hol?sticas!


Armando Falconi Filho
? terapeuta hol?stico, consultor, conferencista e advogado
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Sobre quais temas (da ?rea de terapia hol?stica) voc? quer ler nesta se??o? O terapeuta Armando Falconi aguarda suas sugest?es no e-mail viver_serholistico@acessa.com


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