Giliard Tenário é o novo presidente do PT de Juiz de Fora

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Giliard Ten?rio ? o novo presidente do PT de Juiz de Fora
Segunda-feira, 25 de novembro de 2013, atualizada às 10h57

Giliard Tenório é o novo presidente do PT de Juiz de Fora

Eduardo Maia
Repórter

O jornalista Giliard Tenório foi eleito o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no último domingo, 24 de novembro. Ele venceu o Processo de Eleições Diretas (PED) com 388 votos contra 372 do sindicalista Oleg Abramov. Brancos e nulos totalizaram 6 votos.

Com a vitória, o novo presidente irá trabalhar para unificar o partido e garantir a representação da cidade nas eleições de 2014 e 2016. "Durante o processo, a gente procurou expor as divergências tínhamos, mas sem que levasse à divisão interna. A proposta agora é unificar o partido e traçar as formas como temos que caminhar daqui para frente. Queremos valorizar a unidade interna para que a gente possa garantir a nossa representatividade nas próximas eleições e continuar sendo protagonistas em Juiz de Fora", explica o presidente eleito.

Sobre a forma como pretende trabalhar, ele afirma que é necessária a organização da militância. "Precisamos organizar melhor a nossa militância. Somos o único partido de oposição na cidade. A partir da nossa militância, espalhada em diversos movimentos pela cidade. Temos que articular todos estes grupos, para assim ter condições de conhecer melhor a cidade", propõe.

Eleições

De acordo com o atual presidente do partido, Rogério Freitas, o processo de eleições possibilitou a unidade da militância pela renovação dos seus quadros. "Tínhamos duas jovens lideranças na disputa e isso representou a capacidade do partido em se renovar. O melhor é que tudo se deu da forma mais democrática possível. O PT de Juiz de Fora sai fortalecido deste processo", acredita.

Freitas acredita que a vitória de Giliard oferece ao partido maior possibilidade de representação na região da Zona da Mata. "O novo presidente terá uma missão muito grande, que é manter o patrimônio que é a unidade política para fazer um enfrentamento nas próximas eleições, de 2014 e 2016. O Odair Cunha [presidente eleito em Minas Gerais] tem uma ligação muito forte com o Giliard e essa aproximação, num eventual governo de Fernando Pimentel, fará com que a Zona da Mata seja tratada com a importância que ela merece. É necessário que se faça um projeto estratégico para a região", propõe.

Para Giliard, a eleição do deputado Federal Odair Cunha como presidente estadual rompe com disputas internas e reforça o diálogo. "Acho que a eleição do deputado tem uma grandeza fundamental, que busca o diálogo interno em Minas. Antes dele, estávamos em uma disputa tola que não levou a nada, entre os grupos que defendiam Pimentel e Patrus. Por termos uma breve ligação, a gente pode colocar Juiz de Fora neste eixo. Nós vamos ser ouvidos em Belo Horizonte, temos que dar uma colaboração maior dentro do partido em Minas e no governo Pimentel."

"Sair do calendário eleitoral"

Com uma votação expressiva, o segundo colocado no PED, o sindicalista Oleg Abramov, considera o resultado uma vitória. "Nós consideramos uma vitória. As duas candidaturas do primeiro turno [Giliard e Márcia Catarina] se juntaram contra a nossa, que só pode contar com a base do partido. O movimento sindical e popular acabaram se reconhecendo na nossa candidatura, e isso nos deixa muito felizes", diz.

O diretor regional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) explica que continuará lutar pelos propósitos defendidos na campanha, criando uma agenda popular que fuja do sistema de eleições. "Queremos que o PT volte para a luta da rua, saia do calendário eleitoral, e organize a luta cotidiana. Queremos mostrar para a população o que partido pensa. E já temos um grande desafio, que é realizar em Juiz de Fora, um plebiscito pela constituinte da reforma política. É uma bandeira que o PT defende."

Sobre a sua relação com a nova diretoria, Oleg disse que se pautará pelo diálogo. "Vamos constituir a nova direção, reivindicar os nomes da nossa chapa. Vamos tentar dialogar com os filiados que aderiram à candidatura. Não é o quadro mais favorável do nosso ponto de vista, mas vamos atuar pela coletividade."