Lucas Soares Lucas Soares 15/04/2016

The Division gerou e atendeu às expectativas

Tom Clancy's The Division foi lançado no dia 8 de março deste ano para PS4, Xbox One e PC com uma enorme expectativa. Foram praticamente três anos após a Ubisoft anunciar oficialmente o game até o título chegar às prateleiras físicas e virtuais recheado de dúvidas: o game atenderia a proposta pelo qual foi construído e apresentado, ou seria uma decepção para a produtora francesa, como aconteceu com o Watch Dogs?

Sim. The Division chegou e atendeu as minhas expectativas. Me prendeu imediatamente em frente ao videogame. Peguei minha cópia no dia 10 e, desde então, o jogo só saiu do meu PS4 para algumas partidas de Pro Evolution Soccer 2016 com amigos. Já são quase 60 horas de gameplay, nível máximo do agente e perto da conquistar o troféu de platina. E por que isso aconteceu?

Para começar a falar de The Division é preciso entender duas coisas: o jogo não é um shooter - como dito por aí, e sim um MMORPG! Isso é explicitado logo no primeiro headshot que você acerta: se não tiver com equipamentos e armas boas, você NÃO vai derrubar o adversário. O dano aplicado é maior, claro, mas não resolverá o combate. A outra coisa que você precisa entender é que é praticamente obrigatório fazer as missões com outras pessoas. Avançar no game sozinho é possível até certo ponto, porém, vai chegar o momento em que os adversários te surpreenderão.

Ditas essas duas constatações (e visto o trailer), entenda um pouco do game. The Division te coloca em uma Nova Iorque realmente imersiva, cheia de detalhes e coisas para fazer. São 293 coletáveis espalhados pelos 16 bairros dispostos no game, 19 missões da história e vários encontros secundários, que te auxiliam no desenvolvimento da sua base de operações. Você, um agente especial treinado para situações de extrema necessidade, precisa intervir e salvar a cidade de uma ameaça biológica e encontrar os culpados e responsáveis pelo vírus.

A jogabilidade inserida é interessante. Com um mapa relativamente grande e a necessidade de percorrer grandes distâncias a pé, foi inserido "viagens rápidas" para auxiliar na ida de um bairro para o outro, desde que você já tenha desbloqueado o esconderijo dali. Andar a pé pode ser cansativo e, às vezes, até meio chato porque os NPCs continuam aparecendo, mesmo que você já tenha limpado aquela área, e entrando em combate ao te ver.

O sistema de batalhas é algo a parte: como já dito, um headshot não vai derrubar o adversário, e às vezes é preciso mais do que descarregar a arma para derrubar um inimigo. Esses inimigos podem vir com três tipos de barra de vida: vermelho, roxo e dourado, o que gera um certo grau de desafio, já que são mais difíceis a medida que você evolui. Às vezes um adversário muito forte surge no mapa apenas para você ter a chance de pegar um bom item.

Falando em itens, você pode equipar seu agente com oito tipos: seis variações de armas de fogo, pistolas, coletes balísticos, joelheiras, coldre, luvas, máscara e mochila. Ainda há outros dois tipos para customização das armas e dos equipamentos, e uma parte especial para os itens que você extrai da Zona Cega. A Zona Cega é o PvP e o PvE de The Division. Uma área onde estão os melhores itens, os troféus mais difíceis de serem conquistados e uma terra, literalmente, sem lei.

Os pontos negativos, ao meu ver, são os bugs que ainda existem e chegaram a atrapalhar o desenvolvimento do meu personagem. Em certo ponto, não conseguia completar um dos tutoriais do início do jogo, mesmo cumprindo o que foi dito. Isso foi corrigido em um patch, mas outros erros persistem: após completar um bairro, mesmo com a unidade canina habilitada, alguns colecionáveis não apareceram na visão geral do mapa. É preciso navegar até os dados para localizá-los. Algumas missões secundárias, mesmo após completas, foi preciso refazê-las para contabilizar. E há um troféu para equipar dez habilidades diferentes que não tá funcionando por nada comigo! Tô achando que terei que criar outro agente...

Porém, mesmo com os erros, não atrapalha a experiência incrível que o jogo te proporciona. Tom Clancy's The Division foi um acerto em cheio da Ubisoft e é um sucesso de vendas no mundo todo. No Brasil, o preço cheio do game é R$ 229,90 para consoles e R$ 129,90 para PC. Porém, com um pouco de paciência, é possível encontrá-lo mais em conta nas lojas onlines. Só saber pesquisar...

Outros destaques

1. O clássico Final Fantasy IX, inicialmente lançado para Playstation 1, chegou ao Steam por R$ 31,59 até o dia 20 deste mês. Depois, custará R$ 39,49. No início do ano, o jogo chegou para iOS e Android, mas com um preço bem mais elevado. Já comprei e, quem sabe, não saia um review em breve deste clássico, quando eu conseguir sair do The Division? xD

2. Ainda sobre Final Fantasy, o XV deverá chegar no fim de setembro, após dez anos de produção. O game promete marcar a atual geração e todos os indícios apontam para isso. Após dois bons demos, os fãs esperam muito do game. A melhor notícia: terá legendas em português!

3. Quantum Break foi lançado no dia 5 de abril e já é a franquia de maior sucesso da Microsoft na geração atual. O título foi o mais jogado de Xbox One na semana do lançamento e deve figurar entre os mais vendidos do mês de abril, mesmo tratando-se de um exclusivo. Que vontade de jogar!


Lucas Soares é natural de Juiz de Fora, pós-graduado em Jornalismo Multiplataforma na UFJF e repórter no Portal ACESSA.com. É apaixonado por games, séries e futebol. Foi colunista esportivo na ACESSA.com por quase três anos e editor-chefe do blog Flamengo em Foco por dois anos e sete meses.

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