Circuito Mata Atlântica conta um pouco da história mineira Entre trilhas, matas, histórias e cachoeiras, há mais de 30 cidades que integram o Complexo. No percurso encontra-se também 42 lagos
Repórter
03/09/2008
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Na região do Rio Doce, localizada a leste do estado de Minas Gerais, é possível se deslumbrar com a beleza natural da paisagem composta pela maior reserva contínua de Mata Atlântica. Entre trilhas, matas, histórias e cachoeiras, há as cidades que integram o Circuito Mata Atlântica.
O complexo é formado por 31 municípios, próximos ao Parque Estadual do Rio Doce, são eles: Antônio Dias, Bela Vista de Minas, Belo Oriente, Bom Jesus do Galho, Caratinga, Córrego Novo, Coronel Fabriciano, Dionísio, Entre Folhas, Iapu, Inhapim, Ipaba, Mesquita, Naque, Jaguaraçu, Ipatinga, Marliéria, Naque, Nova Era, Periquito, Pingo D'Água, Piedade de Caratinga, São Domingos do Prata, São João do Oriente, Rio Piracicaba, Santana do Paraíso, Santa Rita de Minas, São José do Goiabal, Timóteo, Ubaporanga, Vargem Alegre.
Percorrendo o Circuito é possível encontrar também mais de 42 lagoas. Segundo o coordenador do Circuito e gestor em turismo, Arnon Meireles Botelho Nunes, foram listadas mais de mil espécies pertencentes de vegetais e animais na região. Para ele, o Complexo Mata Atlântica tem um pouco de tudo: do casario antigo de São Domingos do Prata ao roteiro turístico da cidade de Timóteo
Devido à extensão regional desse circuito, a história de seu povoamento tem distinções. O processo tem início nas localidades surgidas no princípio do século XVIII em decorrência da mineração, como em Antônio Dias. Passa pela expulsão de tribos indígenas e ocupação de terras por posseiros no século XIX e prolonga-se pelo século XX devido à construção da Ferrovia Vitória Minas e em conseqüência da industrialização, como foi em Ipatinga e Timóteo.



O Parque Estadual do Rio Doce é um marco desse circuito. Para quem curte pescaria e banhos de cachoeira, o passeio é uma boa pedida. São tradicionais, além do bate-papo na calçada, as fogueiras das festas de Santo Antônio.
O Pico da Ana Moura também faz parte do Circuito e abrange distritos e localidades rurais da cidade de Timóteo. O turismo praticado no Pico Ana Moura é uma integração de roteiros rurais, ecoturísticos, gastronômicos e de aventuras. No local pode-se praticar os esportes radicais, como o treeking, ciclismo, rapel, escalada, vôo livre e cavalgada ecológica.
Nunes afirma que a preocupação com o desenvolvimento sustentável da localidade está
presente nas várias ações que são exercidas por todo trade turístico. "A rota
turística do Pico Ana Moura fortalece a convivência entre a chaminé das indústrias
e a atividade turística"
.


O percurso turístico do Pico Ana Moura constitui uma área bastante explorada. Há hotel fazenda, restaurantes, pizzarias, posto médico, mercearia, pesque e pague. "O local oferece um conjunto agradável e aconchegante que surpreende e agrada a todos que o freqüentam", garante o presidente do Circuito.
Quem vive na região, indica alguns passeios. A jornalista Cristiane Neves
mora em Caratinga e aconselha a visita à reserva natural Feliciano Miguel
Amidala, famosa pela preservação do mono-carvoeiro, conhecido como muriqui, e também
o lugar conhecido como João da Matinha. "É grande área de preservação de animais,
quase um mini-zoológico, com macaquinhos, avestruzes, araras, entre outros tantos
bichinhos"
.
Ela destaca em Caratinga, a Pedreira Itaúna. "Ela é a eterna vigia de nossa cidade.
Caratinga é conhecida como cidade das palmeiras, trazendo no próprio nome essa conexão
com o meio ambiente"
.