Engenheiro Campo vasto e opções em diversas áreas
Repórter
27/01/2006

"É uma profissão dinâmica que exige aprendizado
constante," afirma o engenheiro civil, Luis Guilherme Rosa
Filgueiras (foto abaixo).
Se nos antigos escritórios de engenharia a paisagem era dominada pelas
grandes mesas de projeto com folhas, réguas, compassos e transferidores
específicos, para estes profissionais, hoje, são os computadores com seus
mouses e programas complexos que dominam os escritórios e são
essenciais na profissão.
E, sobre
isso, Luis Guilherme afirma: "conhecer informática do simples ao complexo é
imprescindível para o profissional de engenharia."
Mercado de trabalho
Com a diminuição dos investimentos estatais nas grandes obras de infra-estrutura como estradas, porto e
aeroportos, o mercado de trabalho para o engenheiro sofreu alterações nas últimas décadas, provocando
mudanças, do ontem para o hoje, no campo de trabalho.
"Antigamente era grande o número de profissionais no serviço publico, hoje o mercado do profissional
está mais na iniciativa privada"
, analisa Luis Guilherme sobre esta outra mudança na profissão de
engenheiro.
"É muito comum os grandes bancos do país terem entre seus principais executivos engenheiros"
, diz.
A principal razão para isso, na opinião de Luiz Guilherme
"é a autoconfiança, a capacidade de liderança e de tomar decisões, que estes profissionais tem".
Na mesma linha de raciocínio está o diretor da faculdade de engenharia da UFJF, Carlos Elizio Barral Ferreira. "Na realidade o engenheiro tem uma formação muito ampla, com uma forte base em matemática, física e cálculo, e essas habilidades e competências são muito úteis em outras áreas do mercado profissional", acresenta. E, completa "o engenheiro sempre tem que dar uma solução boa, bonita e barata para os problemas".
Em se tratando de salário, a remuneração varia de acordo com a função e a quantidade de horas
trabalhadas. "O salário médio de um engenheiro recém-formado ou trainee "é algo em torno de R$ 2.500
a R$ 3.000"
, comenta Carlos Barral.
Áreas de atuação
O campo para quem quer ser Engenheiro é vasto. Existem diversas áreas em que o engenheiro pode atuar, e, em Juiz de Fora, a UFJF oferece três especialidades; Engenharia Civil, Engenharia Elétrica e Engenharia da Produção.
Já o Centro de Ensino Superior (CES) oferece o curso de Engenharia de Telecomunicações. Veja no quadro abaixo, as opções e áreas de atuação:
Áreas de atuação | Tempo de duração | Número de Vagas | Características do curso |
Engenharia Civil | Cinco anos ou dez semestres | 100 por ano 50 no primeiro semestre e 50 no segundo semestre | Projetos, execução de obras (edificações, pontes, estradas, obras de saneamento, etc), consultorias. |
Engenharia Elétrica | Cinco anos ou dez semestres | 60 vagas no período diurno, sendo 30 para o primeiro semestre e 30 para o segundo. Para a noite são oferecidas 30 vagas. | Ênfase em eletrotécnica, sistemas de potência, sistemas eletrônicos e sistemas de controle. |
Engenharia da Produção | Cinco anos ou dez semestres | São oferecidas 20 vagas por semestre, com entrada única. | Gerência de produção, qualidade, gestão, econômica, ergonomia e segurança do trabalho, engenharia do produto, pesquisa operacional, estratégia e organizações, gestão da tecnologia, sistemas de informação, gestão ambiental, educação em engenharia |
Engenharia de Telecomunicações | Cinco anos ou dez semestres | São oferecidas 100 vagas por semestre, 50 para o diurno e 50 para o noturno | O foco do curso são as grandes infraestruturas de comunicações, como; satélites, telefonia fixa e móvel, redes nacionais e metropolitanas de comunicação. |
Prazer e recado
Para quem gosta de ver e, se possível, tocar no resultado de seu trabalho ser engenheiro tem um prazer,
segundo Luis Guilherme: "é uma das poucas profissões onde o profissional vê o resultado físico de
seu trabalho. O engenheiro é quem faz o seu mercado".