Tradutor de textos escritos Antes de saber bem a l?ngua estrangeira, o tradutor
precisa dominar a l?ngua materna
Rep?rter
17/01/2007
Gostar de ler, de estudar, de se informar e n?o ter medo de novidades s?o caracter?sticas essenciais em qualquer profiss?o. Mas quem opta pela carreira de tradutor de textos escritos precisa destas qualidades de forma intensa, porque o trabalho demanda horas em frente a textos dos mais diversos temas. |
"? preciso um conhecimento muito bom e sedimentado da l?ngua materna, que vai ser o principal instrumento de trabalho do tradutor"
, diz a respons?vel do bacharelado em Letras, com ?nfase em tradu??o (ingl?s), da UFJF, Maria Clara Casta?on de Oliveira.
Os cursos superiores de tradu??o, no Brasil, surgiram na d?cada de 1960. O primeiro foi na PUC/Rio, de acordo com Maria Clara. "At? ent?o, n?o havia curso superior de tradu??o, mas as pessoas que n?o tinham forma??o espec?fica nessa ?rea sempre foram muito competentes"
, analisa.
At? hoje, pessoas que fazem cursos de l?nguas e t?m o dom?nio tanto da l?ngua materna (em nosso caso, o portugu?s) quanto da estrangeira t?m espa?o no mercado para traduzir textos liter?rios, cient?ficos, jur?dicos... Uma oportunidade de entrar no mercado, ? fazer parte da Associa??o Brasileira de Tradutores, que aplica provas de credenciamento de tradutores, mesmo que a pessoa n?o tenha curso superior.
Mas os que desejam fazer um curso superior, em Juiz de Fora, podem prestar vestibular em Letras, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com ?nfase em tradu??o. O Centro de Ensino Superior (CES/JF) possui a p?s-gradua??o Lato Sensu, de tradu??o ingl?s/portugu?s.
O professor e coordenador de ingl?s de um curso de idiomais da cidade, Tib?rio J?lio Couto Novais (foto ao lado), pretende fazer a especializa??o para aprimorar ainda mais seus conhecimentos.
Ele, que trabalha com o ingl?s h? 19 anos, tinha como principal profiss?o a engenharia. "Sou engenheiro formado e as tradu?es que fazia eram menores, como abstracts"
, comenta.
At? que h? quatro anos, Tib?rio fez um teste para tradutor, atrav?s da internet, para uma editora em Curitiba e foi aprovado. Como o volume de textos foi aumentando, Tib?rio teve que tomar uma decis?o. Largar a engenharia e se dedicar ao ingl?s. "Atualmente, trabalho exclusivamente com tradu??o de textos escritos e estou com a coordena??o do curso de ingl?s agora"
.
Apesar de n?o ter carteira assinada, Tib?rio garante que a profiss?o ? rent?vel. "Mais do que isso. ? prazeroso. O que mais gosto ? descobrir o significado de uma palavra que n?o conhecia, traduzir para o portugu?s e passar isso para os leitores. Sem o prazer dessa descoberta, voc? n?o trabalha bem"
, garante.
"? o sindicato mais pr?ximo de Juiz de Fora", argumenta. Para atender a demanda e ficar atento ?s exig?ncias cont?beis, o professor tamb?m abriu uma firma.
Muitos detalhes
Para o resultado da tradu??o ser totalmente satisfat?rio tanto para o contratante quanto para o leitor, o profissional deve ficar atento ?s min?cias. Jamais trair o texto original do escritor ? um dos detalhes.
"O tradutor n?o pode colocar a sua subjetividade e sim ser fiel ao que ele fala. O que se faz necess?rio, algumas vezes, ? adequar a tradu??o para fluir na nossa l?ngua e passar a intensidade que o autor deseja"
, diz Tib?rio, lembrando tamb?m que ? preciso redobrar a aten??o para n?o pular trechos do texto.
Estudar continuamente e n?o recusar textos ? primordial a fim de se manter bem no mercado. Maria Clara diz que o ideal seria que cada tradutor pudesse escolher dois ou tr?s tipos de linguagens. "Mas assim n?o ? poss?vel sobreviver no mercado"
.
O tradutor deve ter uma biblioteca em casa com dicion?rios espec?ficos de tradu??o, assim como um computador e acesso a internet, o que agiliza o trabalho. "Com a internet, tenho acesso a editoras e grandes firmas, envio curr?culos, fa?o testes, converso sobre os trabalhos... tudo pelo computador"
, diz Tib?rio. "As ferramentas do computador mudaram a face do profissional"
, comenta Maria Clara.
Um bom profissional n?o ? necessariamente aquele que morou no pa?s onde se fala a l?ngua que ser? traduzida. "A experi?ncia direta s? acrescenta, mas ? muito poss?vel que bons tradutores n?o tenham viajado para o pa?s onde a l?ngua estrangeira ? falada"
, afirma a professora (foto abaixo).
O mercado
O mercado em Juiz de Fora n?o ? o mesmo que em grandes cidades, mas ? considerado bom por Maria Clara. "Trabalho sempre tem. A pr?pria comunidade universit?ria tem demandas por tradu??o"
.
A linguagem da ?rea de sa?de, jur?dica e comercial s?o os destaques. "Existe muita tradu??o de curr?culos e diplomas, que s?o chamadas de linguagens mais referenciais, denotativas. H? tamb?m a conotativa, que ? a linguagem liter?ria"
, explica Maria Clara.
No curso de Letras, existem pr?-requisitos antes de chegar as disciplina de tradu??o, o que significa come?ar a estudar esta ?rea na metade do curso. No fim do curso, o estudante faz um est?gio e uma monografia de conclus?o de curso.
"O est?gio pode ser na pr?pria faculdade. Um momento da tradu??o - de textos acad?micos de Letras e Ci?ncias Humanas - ? em conjunto com outros alunos e um segundo momento ? individual"
. O objetivo ? a produ??o de tradu?es de textos que ser?o usados em aula por outros estudantes.
Outro fil?o de mercado est? na pr?pria internet, assim como faz Tib?rio, que consegue trabalhos em outras cidades do pa?s sem sair de casa. "Posso resolver tudo pelo computador"
.
Empresa de tradu??o
O amadurecimento de um projeto de aluna de Letras da UFJF, que come?ou em julho de 2005, originou a empresa de tradu??o, hoje incubada no Centro Regional de Inova??o e Transfer?ncia de Tecnologia (Critt). "O aumento no volume das atividades em abril de 2006, principalmente das Ci?ncias Biol?gicas, fez o projeto seguir e em maio surgiu a possibilidade de montar a empresa no Critt"
, conta o professor orientador Adauto Villela (foto ao lado).
A empresa, formalizada em outubro, tem como base proporcionar aos alunos o contato com a realidade da profiss?o de tradutor. "? a melhor forma de preparar para o mercado"
, afirma Adauto. Duas pessoas s?o respons?veis pela parte gerencial e existem 12 colaboradores, sendo oito formandos e quatro de uma turma nova. "N?o h? v?nculo de trabalho. Mesmo depois de formados, eles podem continuar o servi?o na empresa"
.
A empresa pode ficar incubada de tr?s a quatro anos no Critt. ? poss?vel que aconte?a, em breve, capta??o de novos profissionais. A prefer?ncia vai ser por curr?culos de pessoas com curso superior, mas os testes ser?o abertos para todos os tradutores.
Leia mais- Revista eletr?nica, lan?ada em janeiro de 2007, divulga artigos sobre tradu?es
- Pre?os praticados no mercado, no site do Sindicato Nacional dos Tradutores
Tradutor de textos escritos Antes de saber bem a l?ngua estrangeira, o tradutor
precisa dominar a l?ngua materna
Rep?rter
17/01/2007
Gostar de ler, de estudar, de se informar e n?o ter medo de novidades s?o caracter?sticas essenciais em qualquer profiss?o. Mas quem opta pela carreira de tradutor de textos escritos precisa destas qualidades de forma intensa, porque o trabalho demanda horas em frente a textos dos mais diversos temas. |
"? preciso um conhecimento muito bom e sedimentado da l?ngua materna, que vai ser o principal instrumento de trabalho do tradutor"
, diz a respons?vel do bacharelado em Letras, com ?nfase em tradu??o (ingl?s), da UFJF, Maria Clara Casta?on de Oliveira.
Os cursos superiores de tradu??o, no Brasil, surgiram na d?cada de 1960. O primeiro foi na PUC/Rio, de acordo com Maria Clara. "At? ent?o, n?o havia curso superior de tradu??o, mas as pessoas que n?o tinham forma??o espec?fica nessa ?rea sempre foram muito competentes"
, analisa.
At? hoje, pessoas que fazem cursos de l?nguas e t?m o dom?nio tanto da l?ngua materna (em nosso caso, o portugu?s) quanto da estrangeira t?m espa?o no mercado para traduzir textos liter?rios, cient?ficos, jur?dicos... Uma oportunidade de entrar no mercado, ? fazer parte da Associa??o Brasileira de Tradutores, que aplica provas de credenciamento de tradutores, mesmo que a pessoa n?o tenha curso superior.
Mas os que desejam fazer um curso superior, em Juiz de Fora, podem prestar vestibular em Letras, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com ?nfase em tradu??o. O Centro de Ensino Superior (CES/JF) possui a p?s-gradua??o Lato Sensu, de tradu??o ingl?s/portugu?s.
O professor e coordenador de ingl?s de um curso de idiomais da cidade, Tib?rio J?lio Couto Novais (foto ao lado), pretende fazer a especializa??o para aprimorar ainda mais seus conhecimentos.
Ele, que trabalha com o ingl?s h? 19 anos, tinha como principal profiss?o a engenharia. "Sou engenheiro formado e as tradu?es que fazia eram menores, como abstracts"
, comenta.
At? que h? quatro anos, Tib?rio fez um teste para tradutor, atrav?s da internet, para uma editora em Curitiba e foi aprovado. Como o volume de textos foi aumentando, Tib?rio teve que tomar uma decis?o. Largar a engenharia e se dedicar ao ingl?s. "Atualmente, trabalho exclusivamente com tradu??o de textos escritos e estou com a coordena??o do curso de ingl?s agora"
.
Apesar de n?o ter carteira assinada, Tib?rio garante que a profiss?o ? rent?vel. "Mais do que isso. ? prazeroso. O que mais gosto ? descobrir o significado de uma palavra que n?o conhecia, traduzir para o portugu?s e passar isso para os leitores. Sem o prazer dessa descoberta, voc? n?o trabalha bem"
, garante.
"? o sindicato mais pr?ximo de Juiz de Fora", argumenta. Para atender a demanda e ficar atento ?s exig?ncias cont?beis, o professor tamb?m abriu uma firma.
Muitos detalhes
Para o resultado da tradu??o ser totalmente satisfat?rio tanto para o contratante quanto para o leitor, o profissional deve ficar atento ?s min?cias. Jamais trair o texto original do escritor ? um dos detalhes.
"O tradutor n?o pode colocar a sua subjetividade e sim ser fiel ao que ele fala. O que se faz necess?rio, algumas vezes, ? adequar a tradu??o para fluir na nossa l?ngua e passar a intensidade que o autor deseja"
, diz Tib?rio, lembrando tamb?m que ? preciso redobrar a aten??o para n?o pular trechos do texto.
Estudar continuamente e n?o recusar textos ? primordial a fim de se manter bem no mercado. Maria Clara diz que o ideal seria que cada tradutor pudesse escolher dois ou tr?s tipos de linguagens. "Mas assim n?o ? poss?vel sobreviver no mercado"
.
O tradutor deve ter uma biblioteca em casa com dicion?rios espec?ficos de tradu??o, assim como um computador e acesso a internet, o que agiliza o trabalho. "Com a internet, tenho acesso a editoras e grandes firmas, envio curr?culos, fa?o testes, converso sobre os trabalhos... tudo pelo computador"
, diz Tib?rio. "As ferramentas do computador mudaram a face do profissional"
, comenta Maria Clara.
Um bom profissional n?o ? necessariamente aquele que morou no pa?s onde se fala a l?ngua que ser? traduzida. "A experi?ncia direta s? acrescenta, mas ? muito poss?vel que bons tradutores n?o tenham viajado para o pa?s onde a l?ngua estrangeira ? falada"
, afirma a professora (foto abaixo).
O mercado
O mercado em Juiz de Fora n?o ? o mesmo que em grandes cidades, mas ? considerado bom por Maria Clara. "Trabalho sempre tem. A pr?pria comunidade universit?ria tem demandas por tradu??o"
.
A linguagem da ?rea de sa?de, jur?dica e comercial s?o os destaques. "Existe muita tradu??o de curr?culos e diplomas, que s?o chamadas de linguagens mais referenciais, denotativas. H? tamb?m a conotativa, que ? a linguagem liter?ria"
, explica Maria Clara.
No curso de Letras, existem pr?-requisitos antes de chegar as disciplina de tradu??o, o que significa come?ar a estudar esta ?rea na metade do curso. No fim do curso, o estudante faz um est?gio e uma monografia de conclus?o de curso.
"O est?gio pode ser na pr?pria faculdade. Um momento da tradu??o - de textos acad?micos de Letras e Ci?ncias Humanas - ? em conjunto com outros alunos e um segundo momento ? individual"
. O objetivo ? a produ??o de tradu?es de textos que ser?o usados em aula por outros estudantes.
Outro fil?o de mercado est? na pr?pria internet, assim como faz Tib?rio, que consegue trabalhos em outras cidades do pa?s sem sair de casa. "Posso resolver tudo pelo computador"
.
Empresa de tradu??o
O amadurecimento de um projeto de aluna de Letras da UFJF, que come?ou em julho de 2005, originou a empresa de tradu??o, hoje incubada no Centro Regional de Inova??o e Transfer?ncia de Tecnologia (Critt). "O aumento no volume das atividades em abril de 2006, principalmente das Ci?ncias Biol?gicas, fez o projeto seguir e em maio surgiu a possibilidade de montar a empresa no Critt"
, conta o professor orientador Adauto Villela (foto ao lado).
A empresa, formalizada em outubro, tem como base proporcionar aos alunos o contato com a realidade da profiss?o de tradutor. "? a melhor forma de preparar para o mercado"
, afirma Adauto. Duas pessoas s?o respons?veis pela parte gerencial e existem 12 colaboradores, sendo oito formandos e quatro de uma turma nova. "N?o h? v?nculo de trabalho. Mesmo depois de formados, eles podem continuar o servi?o na empresa"
.
A empresa pode ficar incubada de tr?s a quatro anos no Critt. ? poss?vel que aconte?a, em breve, capta??o de novos profissionais. A prefer?ncia vai ser por curr?culos de pessoas com curso superior, mas os testes ser?o abertos para todos os tradutores.
Leia mais- Revista eletr?nica, lan?ada em janeiro de 2007, divulga artigos sobre tradu?es
- Pre?os praticados no mercado, no site do Sindicato Nacional dos Tradutores
Tradutor de textos escritos Antes de saber bem a l?ngua estrangeira, o tradutor
precisa dominar a l?ngua materna
Rep?rter
17/01/2007
Gostar de ler, de estudar, de se informar e n?o ter medo de novidades s?o caracter?sticas essenciais em qualquer profiss?o. Mas quem opta pela carreira de tradutor de textos escritos precisa destas qualidades de forma intensa, porque o trabalho demanda horas em frente a textos dos mais diversos temas. |
"? preciso um conhecimento muito bom e sedimentado da l?ngua materna, que vai ser o principal instrumento de trabalho do tradutor"
, diz a respons?vel do bacharelado em Letras, com ?nfase em tradu??o (ingl?s), da UFJF, Maria Clara Casta?on de Oliveira.
Os cursos superiores de tradu??o, no Brasil, surgiram na d?cada de 1960. O primeiro foi na PUC/Rio, de acordo com Maria Clara. "At? ent?o, n?o havia curso superior de tradu??o, mas as pessoas que n?o tinham forma??o espec?fica nessa ?rea sempre foram muito competentes"
, analisa.
At? hoje, pessoas que fazem cursos de l?nguas e t?m o dom?nio tanto da l?ngua materna (em nosso caso, o portugu?s) quanto da estrangeira t?m espa?o no mercado para traduzir textos liter?rios, cient?ficos, jur?dicos... Uma oportunidade de entrar no mercado, ? fazer parte da Associa??o Brasileira de Tradutores, que aplica provas de credenciamento de tradutores, mesmo que a pessoa n?o tenha curso superior.
Mas os que desejam fazer um curso superior, em Juiz de Fora, podem prestar vestibular em Letras, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com ?nfase em tradu??o. O Centro de Ensino Superior (CES/JF) possui a p?s-gradua??o Lato Sensu, de tradu??o ingl?s/portugu?s.
O professor e coordenador de ingl?s de um curso de idiomais da cidade, Tib?rio J?lio Couto Novais (foto ao lado), pretende fazer a especializa??o para aprimorar ainda mais seus conhecimentos.
Ele, que trabalha com o ingl?s h? 19 anos, tinha como principal profiss?o a engenharia. "Sou engenheiro formado e as tradu?es que fazia eram menores, como abstracts"
, comenta.
At? que h? quatro anos, Tib?rio fez um teste para tradutor, atrav?s da internet, para uma editora em Curitiba e foi aprovado. Como o volume de textos foi aumentando, Tib?rio teve que tomar uma decis?o. Largar a engenharia e se dedicar ao ingl?s. "Atualmente, trabalho exclusivamente com tradu??o de textos escritos e estou com a coordena??o do curso de ingl?s agora"
.
Apesar de n?o ter carteira assinada, Tib?rio garante que a profiss?o ? rent?vel. "Mais do que isso. ? prazeroso. O que mais gosto ? descobrir o significado de uma palavra que n?o conhecia, traduzir para o portugu?s e passar isso para os leitores. Sem o prazer dessa descoberta, voc? n?o trabalha bem"
, garante.
"? o sindicato mais pr?ximo de Juiz de Fora", argumenta. Para atender a demanda e ficar atento ?s exig?ncias cont?beis, o professor tamb?m abriu uma firma.
Muitos detalhes
Para o resultado da tradu??o ser totalmente satisfat?rio tanto para o contratante quanto para o leitor, o profissional deve ficar atento ?s min?cias. Jamais trair o texto original do escritor ? um dos detalhes.
"O tradutor n?o pode colocar a sua subjetividade e sim ser fiel ao que ele fala. O que se faz necess?rio, algumas vezes, ? adequar a tradu??o para fluir na nossa l?ngua e passar a intensidade que o autor deseja"
, diz Tib?rio, lembrando tamb?m que ? preciso redobrar a aten??o para n?o pular trechos do texto.
Estudar continuamente e n?o recusar textos ? primordial a fim de se manter bem no mercado. Maria Clara diz que o ideal seria que cada tradutor pudesse escolher dois ou tr?s tipos de linguagens. "Mas assim n?o ? poss?vel sobreviver no mercado"
.
O tradutor deve ter uma biblioteca em casa com dicion?rios espec?ficos de tradu??o, assim como um computador e acesso a internet, o que agiliza o trabalho. "Com a internet, tenho acesso a editoras e grandes firmas, envio curr?culos, fa?o testes, converso sobre os trabalhos... tudo pelo computador"
, diz Tib?rio. "As ferramentas do computador mudaram a face do profissional"
, comenta Maria Clara.
Um bom profissional n?o ? necessariamente aquele que morou no pa?s onde se fala a l?ngua que ser? traduzida. "A experi?ncia direta s? acrescenta, mas ? muito poss?vel que bons tradutores n?o tenham viajado para o pa?s onde a l?ngua estrangeira ? falada"
, afirma a professora (foto abaixo).
O mercado
O mercado em Juiz de Fora n?o ? o mesmo que em grandes cidades, mas ? considerado bom por Maria Clara. "Trabalho sempre tem. A pr?pria comunidade universit?ria tem demandas por tradu??o"
.
A linguagem da ?rea de sa?de, jur?dica e comercial s?o os destaques. "Existe muita tradu??o de curr?culos e diplomas, que s?o chamadas de linguagens mais referenciais, denotativas. H? tamb?m a conotativa, que ? a linguagem liter?ria"
, explica Maria Clara.
No curso de Letras, existem pr?-requisitos antes de chegar as disciplina de tradu??o, o que significa come?ar a estudar esta ?rea na metade do curso. No fim do curso, o estudante faz um est?gio e uma monografia de conclus?o de curso.
"O est?gio pode ser na pr?pria faculdade. Um momento da tradu??o - de textos acad?micos de Letras e Ci?ncias Humanas - ? em conjunto com outros alunos e um segundo momento ? individual"
. O objetivo ? a produ??o de tradu?es de textos que ser?o usados em aula por outros estudantes.
Outro fil?o de mercado est? na pr?pria internet, assim como faz Tib?rio, que consegue trabalhos em outras cidades do pa?s sem sair de casa. "Posso resolver tudo pelo computador"
.
Empresa de tradu??o
O amadurecimento de um projeto de aluna de Letras da UFJF, que come?ou em julho de 2005, originou a empresa de tradu??o, hoje incubada no Centro Regional de Inova??o e Transfer?ncia de Tecnologia (Critt). "O aumento no volume das atividades em abril de 2006, principalmente das Ci?ncias Biol?gicas, fez o projeto seguir e em maio surgiu a possibilidade de montar a empresa no Critt"
, conta o professor orientador Adauto Villela (foto ao lado).
A empresa, formalizada em outubro, tem como base proporcionar aos alunos o contato com a realidade da profiss?o de tradutor. "? a melhor forma de preparar para o mercado"
, afirma Adauto. Duas pessoas s?o respons?veis pela parte gerencial e existem 12 colaboradores, sendo oito formandos e quatro de uma turma nova. "N?o h? v?nculo de trabalho. Mesmo depois de formados, eles podem continuar o servi?o na empresa"
.
A empresa pode ficar incubada de tr?s a quatro anos no Critt. ? poss?vel que aconte?a, em breve, capta??o de novos profissionais. A prefer?ncia vai ser por curr?culos de pessoas com curso superior, mas os testes ser?o abertos para todos os tradutores.
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