F?bio Fernandes

Por


F?bio Fernandes
De aprendiz a guia de escalada

Fernanda Monteiro
21/01/04


F?bio Fernandes d? as dicas para quem quer praticar a escalada

A paix?o come?ou quando F?bio tinha 14 anos. Ele e um amigo de inf?ncia sonhavam em explorar as montanhas de Petr?polis, sua cidade Natal. A dupla come?ou a se interessar pelas exposi?es do ex?rcito e o tio do amigo de F?bio, que era bombeiro, ensinou os garotos a fazerem dois "n?s".

Munidos deste aprendizado, e de uma corda de caminh?o (n?o fa?a isso!), eles partiram para a pr?tica. Em 1989, os dois garotos subiram a Serra dos ?rg?os. Ap?s algumas aventuras, F?bio sofreu um acidente feio que poderia ter lhe custado a vida. Depois do epis?dio, ele resolveu procurar o Centro Excursionista Petropolitano. O local existe desde 1948, mas ele s? conheceu ap?s encontros com integrantes durante escaladas nas pedras.

No Centro especializado, ele aprendeu algumas das t?cnicas homologadas. Um ano depois de ter vindo para Juiz de Fora, o Centro abriu vagas para o curso de guia. F?bio largou tudo e voltou para Petr?polis. No entanto, os instrutores n?o queriam receb?-lo porque ele n?o tinha feito os cursos b?sico e avan?ado. Mas, como notaram o interesse do rapaz, que a essa altura j? tinha pedido as contas no emprego em JF, eles resolveram aplicar um teste para saber se F?bio estava apto.

Desafio
"O teste era para eu n?o passar. Eu tive que escalar um rota com grau de dificuldade cinco, guiando e de quichute, j? que eu n?o tinha as sapatilhas importadas", conta. Tanta empolga??o valeu ? pena. F?bio passou no teste e fez o curso de dois anos e o est?gio que o credenciou como guia.

Logo na volta para Juiz de Fora algumas pessoas come?aram a procur?-lo interessadas no esporte. Ele montou um curso. "No in?cio eu n?o tinha a m?nima estrutura. Dei aulas te?ricas nos bancos da Halfeld e uma amiga da minha m?e emprestava o n?mero de seu telefone. Mas a motivia??o das pessoas era tanta que logo comecei a receber apoio", lembra. Do banco da pra?a para a sala de um cursinho e o campus da UFJF. Hoje F?bio possui uma empresa especializada em escalada de montanhas.

Adrenalina pura
Mas F?bio queria mais: abrir rotas em montanhas e rochas, lidando com surpesas como pedras soltas, rochas quebradi?as, sujeira, bichos passeando pelo corpo. "Tenho atra??o pelo desconhecido, pelo totalmente selvagem. Ao mesmo tempo que voc? descobre as surpresas, tem que pensar em solu?es na hora. Qualquer erro pode ser fatal".

Ele j? perdeu a conta de quantas novas rotas j? abriu, colocando grampos e catalogando as informa?es nos guias para os futuros escaladores. O guia conta que este trabalho ? "uma rala??o", pois, al?m de ter que escalar sem nenhum apoio ou garantia, precisa p?r os grampos na rocha. O processo, normalmente ? manual, com uma broca. Em alguns casos de rotas curtas, ele utiliza uma furadeira ? bateria.

Montanhismo

Juiz de Fora tem mais de 200 escaladores certificados e cerca de 55 ativos. O esporte nacional come?ou no sul com os colonizadores. J? em 1786 com a conquista do Monte Blanc a troco de pr?mio, o montanhismo passou a ser reconhecido mundialmente como esporte.

O montanhismo tem um apelido em cada local. ? chamado de alpinismo, na regi?o dos alpes, himalaismo, no Himalaia e assim por diante. No Brasil, o termo utilizado ? escalada, j? que n?o temos nenhuma forma??o rochosa t?o singular.

Podem praticar pessoas sem problemas de sa?de graves ou les?es como tendinite. A idade m?nima recomendada ? de 12 anos. O curso b?sico est? saindo por cerca de R$ 297 por aluno.

Entre os equipamentos b?sicos est?o:


Individuais:


Baudrier

Fitas tubulares

Cordoletes


Mosquet?es

Freio

Sapatilha

Porta-magn?sio

Coletivos:


Corda

Costura