Artigo
Nossos filhos namorando. Meu Deus!

::: 27/10/2005

Muitos pais se v?em em dificuldades quando os filhos pr?-adolescentes come?am a se interessar pelo sexo oposto. Como proceder? Desconhecer? Impor limites? Proibir? Como tudo na vida, o di?logo ? fundamental. Tanto desconhecer, quanto proibir s?o faces de uma mesma moeda. S?o atitudes que podem ter conseq??ncias graves.

Fazer de conta que nada est? acontecendo deixa o garoto ou a garota sem refer?ncias e a proibi??o estimula a busca do conhecimento sem controle. O melhor mesmo ? a conversa franca, mas amig?vel. N?o temos que estimular o interesse. Temos que estimular a conversa e estar atentos. Com o computador, o pr?-adolescente estabeleceu um novo padr?o de paquera e de abordagem ao sexo oposto, principalmente para os mais t?midos que, numa propor??o consider?vel, deixaram de lado alguns goles para tomar coragem e se escondem atr?s da m?quina, permitindo se colocarem mais ? vontade.

Desta paquera virtual podem surgir encontros, o ficar e o namoro. At? a? tudo Bem, n?o fosse a tenta??o do sexo, explicitado em toda a m?dia. Nas novelas, nas propagandas, na m?sica e no cinema. ? nesta hora que o papel dos pais se torna ainda mais importante. Se o sexo foi banalizado pelos apelos comerciais, os segredos e os mist?rios tamb?m precisam ser explicitados. O sexo n?o ? somente prazer. ? responsabilidade.

O adolescente precisa saber por interm?dio dos pais o que significa o namoro e o sexo. Seus prazeres e dificuldades. Prevenir doen?as. Saber da dor. A busca do sexo saud?vel, prazeroso. Enfim uma gama enorme de informa?es que v?o balizar a decis?o do garoto ou garota. Com uma postura de participa??o, interesse e sem grandes mist?rios e segredos, o adolescente certamente vai encontrar tranq?ilidade e refer?ncia para decidir se chegou ou n?o a hora de praticar o sexo ou se o momento ainda ? de paquerar, namorar de m?os dadas e trocar alguns beijos.

Tudo isso sem pressa e sem culpa. Sem culpa de ter cometido um grande erro de conseq??ncias imprevis?veis; sem culpa de ser diferente dos mais apressadinhos e l?deres do grupo. Portanto, quanto menos mist?rios, menos segredos, menos riscos de uma gravidez precoce ou pior de uma DST.


Ana Stuart
? psic?loga e terapeuta familiar

Sobre quais temas (da ?rea de psicologia) voc? quer ler novos artigos nesta se??o? A psic?loga Ana Stuart aguarda suas sugest?es no e-mail viver_psique@acessa.com.


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