Especialista alerta os juizforanos dos cuidados
para se evitar doen?as do cora??o
T?mara Lis
30/09/03
Apesar das doen?as coron?rias estarem mais associadas aos homens que ?s mulheres, uma pesquisa detectou que trata-se de um problema que atinge pessoas de ambos os sexos e, est? cada vez mais presentes em jovens.
N?o ? toa, este ano o tema da campanha foi O cora??o da mulher, j? que as estat?sicas demonstram um maior n?mero de mulheres com problemas no cora??o.
Por que as mulheres?
Uma explica??o para isso se deve ao fato de que, com as mudan?as do mundo moderno, elas passaram a ser provedoras da
fam?lia, profissionais de destaque e, inevitavelmente, a conviver em
ambientes de grande estresse.
Como se isto n?o bastasse, as mulheres contam ainda com o desequil?brio hormonal que ocorre na menopausa. Motivo que pode agravar v?rios casos como, por exemplo, o de Elizabeth dos Santos Hallack, de 54 anos.
Ela conta que, apesar do susto, sua vida mudou para melhor depois do infarto que teve h? cinco anos atr?s. A predisposi??o para a doen?a a fez levar a sa?de mais a s?rio e a viver melhor e de maneira mais consciente. "Sempre fui muito estressada mas nunca fumei ou bebi mais do que o permitido. Eu tamb?m n?o tinha uma vida muito sedent?ria e sempre fiz um chek-up anual. Na ?poca do infarto, eu estava com problemas familiares e, pelo que achamos agora, tamb?m houve algum problema de horm?nio", relembra.
"Comecei a sentir as dores e fiquei uma semana tomando rem?dio, pensando que aquela dor fosse passageira. Cheguei a colocar bolsas de ?gua quente e a entrar no chuveiro para ver se melhorava, mas nada".
Quando, ap?s uma semana, as dores j? estavam insuport?veis, Elizabeth procurou um m?dico que fez um eletro e constatou o infarto. Ela foi atendida e levada para o CTI onde ficou por 24 horas. "Acredito que este tipo de coisa acontece como um aviso para que vejamos que est? na hora de cuidar mais da nossa sa?de", reflete. Elizabeth agora conta que leva a vida mais "devagar", faz yoga e se alimenta muito melhor.
Sem distin??o de sexo
Outro que tamb?m levou um susto daqueles foi o jornalista Luiz Ant?nio
Magri, de 55 anos. H? tr?s, ele foi surpreendido com um infarto. Bem,
surpreendido ? modo de dizer j? que com a vida "estressante" que ele levava
(trabalhando muitas vezes de 7h ?s 23h) e fumando dois ma?os e meio de cigarros
por dia, j? era de se esperar que o cora??o reagisse ?s agress?es.
"Minha sa?de sempre foi muito boa nunca precisei ir ao m?dico. Agora vou ter que passar a vida toda tomando rem?dio. Passei mal na semana de Natal e fiquei o Natal e Ano Novo no hospital. A princ?pio, pensei que era uma goiaba que tinha comido, tanto que tomei trauma e, at? hoje, n?o consigo comer goiaba. Fui ao hospital, na hora de entrar j? estava com os sintomas do infarto: suando muito e com uma n?usea muito grande e o cora??o batendo acelerado. A? me disseram que eu precisaria ficar internado, eu relutei muito pedi at? para um amigo meu que ? m?dico ir at? l?, mas n?o teve jeito: fiquei sete dias no CTI e tive de fazer cateterismo e angioplastia", lembra.
Assim como Elizabeth, o susto tamb?m transformou a vida de Magri. Ele diz que depois do infarto sua alimenta??o passou por mudan?as radicais. "Antes eu comia um prato que parecia uma montanha, agora tenho que moderar. Tamb?m fa?o todos os dias caminhadas de meia hora". O cigarro? Bem, ele conta que tomou verdadeiro trauma do que antes era um v?cio. "Cigarro nunca mais. O susto foi t?o grande que nem tive mais vontade de fumar", diz.
Com a palavra quem entende...
O cardiologista Marcus Augusto Poncinelli Alves diretor do Sabincor (grupo
formado por 37 m?dicos, especialistas em diversas ?reas) alerta para
os riscos de n?o se cuidar bem do cora??o.
Na opini?o do cardiologista Juiz de Fora ainda merece um esquema que permita aos leigos obter informa?es sobre formas de preven??o de doen?as relacionadas ao cora??o. "? preciso que o leigo tenha orienta?es pessoalmente, seja atrav?s de palestras ou workshops. N?s j? passamos orienta?es nos contatos diretos que temos com os pacientes quando eles nos procuram no consult?rio, mas podemos fazer um trabalho muito maior, utilizando a m?dia por exemplo".
? importante a pr?tica da atividade f?sica mas de forma mais regular e sempre com o aval do m?dico. "As pessoas geralmente concentram toda a atividade f?sica em um per?odo muito curto e isso n?o ? certo", orienta o cardiologista.
Um problema que vem de ber?o
O cardiologista lembra ainda que antigamente o h?bito de alimenta??o era mais saud?vel. "Hoje em dia,
a alimenta??o ?
mais pr?tica. As pessoas acabam optando pelo fast food que,
rapidamente,
consegue resolver o problema da alimenta??o. O fast food ? uma forma mais
r?pida de alimentar a fam?lia, mas pode custar muito caro para o cora??o",
alerta.
"Hoje em dia a alimenta??o de uma maneira geral est? muito ruim ? preciso ter uma alimenta??o rica em verduras, legumes, carnes magras e fibras. E o col?gio tamb?m tem uma participa??o importante na educa??o alimentar destas crian?as. Seria importante que as cantinas come?assem a rever a alimenta??o que disponibilizam para os alunos e come?assem a oferecer um alimento mais saud?vel", orienta o cardiologista
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