Intelig?ncia musical Segundo estudo, a m?sica n?o ? considerada um recurso e sim um tipo de intelig?ncia que expressa a emo??o
Rep?rter
05/10/2006
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Ao escutar a express?o "Intelig?ncia musical"
, pode-se pensar que somente pessoas ligadas diretamente ? m?sica, como cantores, compositores e
os pr?prios m?sicos ... possuem tal habilidade. O professor e estudioso da teoria de m?ltiplas intelig?ncias, Carlos Eduardo da Cruz Gomes (foto ao lado), explica que todos n?s possu?mos intelig?ncia musical. "S? que alguns s?o mais agu?ados que os outros"
, diz.
O ser humano possui diversas facetas da intelig?ncia, como a ling??stica, a l?gica matem?tica, a espacial, a musical. Segundo Carlos, o professor e psic?logo Howard Gardner destaca oito tipos de intelig?ncia - "apesar dele saber que existem muitas outras, mas que tamb?m n?o s?o infinitas"
-, sendo que todo ser humano possui tr?s mais agu?adas.
A anamnese sonoro-musical - s?o 20 perguntas elaboradas pelo professor - ? o primeiro passo para saber qual a prefer?ncia do sistema sensorial de cada um. Ou seja, constatar o n?vel desta intelig?ncia. O segundo passo ? promover desafios estimulantes, como imagens mentais guiadas pela m?sica, durante um momento de cria??o. "Estas s?o algumas delas"
.
Isto n?o significa que as outras n?o possam ser trabalhadas, pelo contr?rio. Existem maneiras de se fazer isso. E Carlos se interessou em mostrar como desenvolver a intelig?ncia musical para que as pessoas descubram as outras.
"Qualquer pessoa tem essas intelig?ncias, basta descortin?-las"
,
acredita.
Atrav?s do estudo e pr?tica da intelig?ncia musical, ? poss?vel sair de um estado depressivo, tornar-se mais calmo ou mais agitado, conseguir memorizar informa?es mais complicadas. "Eu, por exemplo, aprendo v?rias l?nguas diferentes atrav?s da m?sica. Mas existem t?cnicas para se fazer isso. N?o ? simplesmente escutar uma m?sica e pronto"
, enfatiza.
Qualquer m?sica pode ser usada para a pr?tica, mas a cl?ssica possui uma caracter?stica de facilitar o trabalho. "A barroca, por exemplo, possui uma l?gica dentro da linguagem, que ativa mecanismos e trabalha o sistema neural"
. Pessoas com esta intelig?ncia agu?ada costumam ser mais inquietas, com facilidade de memoriza??o, seguem os moldes de seus compositores de prefer?ncia.
Sua inten??o ? usar salmos cantados, como forma de instru??o pedag?gica da palavra divina, para fins curativos de pessoas deprimidas. "Na ?poca de Cristo, existiam salmos curativos de ordem corporal. Tudo cantado. A ora??o na m?sica ? ainda mais forte", explica. Por isso, sua inten??o ? montar um coral de meninos e meninas para divulgar e explicar seu projeto.
Segundo Carlos, quem tem a intelig?ncia musical agu?ada, j? demonstra esta habilidade desde pequeno. "E pode ser trabalhada desde a fase embrion?ria"
. Ele enfatiza que a intelig?ncia musical independe se a pessoa possui algum tipo de defici?ncia. "A m?sica ? uma vibra??o. Tanto que existe um coral de pessoas com surdez".
Al?m de dar cursos para que as pessoas compreendam e desenvolvam este lado, Carlos quer que capacitar profissionais nesta ?rea, como m?dicos neurologistas, neurocientistas, fonoaudi?logos, otorrinolaringologistas, psic?logos, psicopedagogos, pedagogos, professores em qualquer ?rea, cantores e todos aqueles interessados em fazer conex?o entre educa??o, m?sica e sa?de.
Ele esteve em um encontro de psic?logos e desenvolveu a anamnese com alguns deles e diz que ficaram encantados com a descoberta de suas prefer?ncias do sistema sensorial.
A descoberta da teoria
Carlos, que fazia parte de um coral da cidade, foi assistir ? apresenta??o, em Juiz de Fora, dos Meninos Cantores de Sankt Florian, da ?ustria, em comemora??o aos mil anos da m?sica."Fiquei encatando e resolvi que faria alguma coisa em prol da m?sica", conta.
Nesta ?poca, Carlos j? era formado em Letras e em Psicopedagogia, curso onde conheceu a teoria das m?ltiplas intelig?ncias. Em 2004, come?ou a faculdade de Fonoaudiologia e surgiu a id?ia de fazer seu projeto de final de curso ligado a ?rea musical. "Foi a uni?o o ?til ao agrad?vel"
.
Logo que formou, levou seu projeto para Secretaria de Educa??o de Juiz de Fora, com o interesse de dar o curso na cidade. "Nicod?mos, que era do SEST/SENAT ficou interessado e pediu para que eu desse o curso para os funcion?rios, para os alunos do curso de ingl?s. Foi uma grande oportunidade", diz.
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