Cal Coimbra Cal Coimbra 16/10/2006

Gagueira em adolescentes

 

A gagueira tem sido assunto freqüentemente debatido no corpo científico fonoaudiológico em buscas de novas descobertas para otimizar cada vez mais o conhecimento sobre ela e chegarmos a condutas mais adequadas acerca do tratamento em pessoas que gaguejam.

Confirmamos outra vez que o dia 22 de outubro é o Dia Internacional de Atenção à Gagueira, motivo de destaque para o nosso artigo deste mês e do próximo, que abordarão assuntos sobre a gagueira no universo de comunicação em adolescentes.

Tanto em criança quanto em adolescentes ainda não sabemos o motivo pelo qual ela aparece. O que percebemos é que fatores biológicos, hereditários, psicolingüísticos e sociais estão relacionados à gagueira, já que ela é uma alteração no processo de comunicação, que implica todos esses fatores.

O que podemos informar é que de uma maneira ou de outra a importância pela busca do tratamento beneficia o cliente. Quanto mais cedo a família procurar o tratamento adequado, melhores poderão ser os resultados.

Na adolescência, que compreende a faixa etária entre 10 e 20 anos de idade, segundo a organização Mundial de Saúde, ela pode aparecer mais raramente do que na infância. O importante é que, embora haja essa classificação, devemos sempre levar em conta a conduta individual na hora de fazermos avaliação.

Neste período, que demarca a transição da vida infantil para a vida adulta, os dois sexos são pegos desprevenidos com a explosão concomitante de todos os fatores já citados. Nessa explosão de mudanças evidentes, estão relacionadas o contato do adolescente com o mundo, seja interno, consigo mesmo, seja com colegas, família, pessoas em geral.

Isso compreende todo o processo de comunicação, que pode dimensionar, em considerável proporção, o aparecimento também da gagueira. Mais um dado importante a ser pontuado.

A gagueira no adolescente é igual na criança e no adulto?

Não podemos considerar que a gagueira ou qualquer outra alteração no processo de comunicação seja igual para todas as pessoas em diferentes faixas etárias.

A conduta é individual na percepção que cada um tem de si. Duas pessoas podem apresentar os mesmos sintomas, objetivamente, porém os aspectos subjetivos diferenciam-se consideravelmente e norteiam as fonoterapias.

A quem devo procurar inicialmente?

O adolescente pode procurar tratamento fonoaudiológico – fonoterapia -, em busca de atuarem juntos no tratamento da gagueira. É preciso que haja empatia nessa relação, terapeuta e cliente, de modo que os dois realizem uma comunicação prazerosa que facilite o processo terapêutico. A partir daí, começa-se a fonoterapia.

Acreditar é fundamental para que o processo aconteça de maneira eficaz e que permita chegar ao reconhecimento de que as mudanças estão acontecendo para melhor.

No próximo mês cuidaremos dos assuntos sobre a avaliação, o processo terapêutico e o prognóstico. Se você e-leitor interessar por outros aspectos com relação à gagueira, estarei à disposição para discutirmos sobre eles.

Até lá !


 

Cal Coimbra
é psicóloga e doutora em Fonoaudiologia
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Sobre quais temas (da área de Fonoaudiologia) você quer ler nesta seção? A fonoaudióloga Cal Coimbra aguarda suas sugestões no e-mail viver_fonoaudiologia@acessa.com

 

 


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