Vestidos lindos e poderosos
Juntas, as 29 candidatas do Miss Brasil Gay, gastaram quase R$ 500 mil. O traje mais barato custou R$ 600 e o mais caro R$ 100 mil

Rep?rter: Fernanda Leonel
Edi??o: Ludmila Gusman
Fotos: S?lvia Zoche,
Patr?cia Guimar?es
e L?via Mattos

Os olhos chegam a ficar confusos durante os desfiles do Miss Brasil Gay. Eles n?o sabem se olham para o corpo, rosto, salto ou para os vestidos de cada candidata que se apresenta na passarela. O luxo, brilho e bom gosto tomaram conta da 30? edi??o do concurso mais badalado do mundo pink. Passaram pelo Sport, 58 trajes lind?ssimos, vestindo as 29 candidatas que disputaram o t?tulo.

E se no centro das aten?es do concurso a disputa pelo melhor estilo ? sempre muito acirrada, o mesmo se pode dizer da plat?ia. N?o fica dif?cil ver longos e muito brilho em muita gente que estava nas mesas ou na arquibancada. Coisa fina, em n?vel de concurso nacional.

"A roupa ? muito importante. Comp?e e valoriza as nossas belezas", comentou Layla Kenn, minutos antes de subir na passarela. Dentro do camarim, ela ostentava uma enorme capa para esconder seu traje t?pico e afirmou que o segredo e suspense, mesmo para as outras candidatas ? fundamental. "Eu pretendo surpreender. Desde o ano passado, quando eu trocava de personagem em cima da passarela, criou-se uma expectativa muito grande em cima do que eu vou vestir", completou.

J? Dianelly Braga, candidata do Distrito Federal, diz n?o se importar em revelar os segredos das suas roupas antes de subir no palco. "N?o tenho problemas com isso, mesmo porque n?o d? tempo de ningu?m copiar sua id?ia. A roupa ? muito importante, influencia muito no resultado final".

Mas mesmo que cada uma tenha a sua opini?o formada no que diz respeito ao suspense e segredo feito sobre seus trajes, elas d?o um jeitinho de valorizar cada brilho ou recorte escolhido para compor suas roupas : todas entraram de capa na hora do desfile com o vestido de gala. Olham para um lado, para outro e...tiram a capa esperando a manifesta??o dos presentes.

A cada modelo aprovado, um t?pico "ooohh" da plat?ia. E pelo menos para conquistar a aprova??o do p?blico, quanto mais brilho melhor. Cristais swarovski, tchecos, canutilhos, p?rolas, pedrarias. Finaliza?es que n?o faltaram nas roupas das candidatas.

Dois estilistas se destacaram em n?mero de cria?es apresentadas nessa edi??o do concuso. Michelli X, que j? foi Miss o ano de 2000, assinou tr?s trajes de gala e um t?pico. No quesito, gala, foi a estilista que mais teve vestidos na passarela.

O vestido de gala da candidata do estado de S?o Paulo, Camilla Keller (foto abaixo ? esquerda) foi um deles. O modelo azul trabalhando em rivoles, strass e cetim bucol custou aproximadamente R$ 3 mil.

A candidata do Rio Grande do Norte, Raquel Nayla (foto ao centro), tamb?m procurou Michelli para que ela cuidasse do seu look no ponto alto da noite. Para Raquel, Michelli criou um modelo em cetim bucol champanhe, com detalhes em renda gripin do mesmo tom, cravejados em rivoles, strass tchacos e cristais swarovski.

J? para a candidata do Tocantins, Michelli criou modelos para as duas categorias: t?pico e gala. O modelo dourado frente ?nica em pedras svarovski (foto ? direita) custou R$ 15 mil.

Bruno Oliveira se destacou no campo dos vet?dos t?picos. O traje, que tem o objetivo de mostrar um pouco da cultura e das potencialidades que cada estado representando possui, ? o primeiro a passar pela passarela na grande noite.

O estilista ? conhecido pela especialidade em trajes t?picos. Para o Miss Brasil Gay 2006, ele trabalhou em parceria com a candidata do Rio Grande do Sul, Santana Loren (foto abaixo ? esquerda), com Danielle Dorneles, candidata do estado de Santa Catarina (foto abaixo ao centro) e com Roberta Luna de Pernambuco (foto abaixo ? direita).

As vencedoras

Na hora da apresenta??o dos trajes t?picos, criatividade foi a palavra que reinou na passarela. Para apresentar o que cada estado tinha de melhor, cada um inventou da maneira que p?de. Algumas candidatas andaram, a candidata do Rio de Janeiro sambou para apresentar o carnaval, a do Mato Grosso do Sul rastejou j? que se transformou em on?a e a do Rio Grande do Sul, voou.

Houve at? o paradoxo da roupa sem roupa, que tanto se falou. Layla Kenn, a nova Miss Brasil Gay 2006, ao simbolizar uma ?ndia mais velha da tribo que passava conhecimentos para a mais nova, se transformou e apresentou seu traje t?pico: um belo corpo moreno semi tampado com colares e adere?os ind?genas.

A premia??o foi dif?cil. Empate de pontos nos tr?s primeiros lugares da categoria traje t?pico. Foi ent?o que a jurada Preta Gil teve que subir ao palco e escolher quem ia ficar com as tr?s primeiras posi?es.

O 1? lugar ficou com a candidata do Rio Grande do Sul. Santana Loren se trasformou em uma arara e bateu asas sobre a passarela do Miss Brasil. O traje, todo feito em folhas de organza, cristais e penas, custou nove mil reais e foi assinado por Alexandre Dutra.

O 2? lugar foi parar nas m?os da candidata de Fernando de Noronha. Esse ali?s, foi o vestido mais caro da noite, entre os valores dos trajes de gala e t?pico. R$ 100.000 mil reais. Esse foi o valor que a candidata, que tamb?m ? m?dica, investiu para a sua participa??o na noite de s?bado.

O segunda pele que pretendia representar as p?rolas de Fernando de Noronha, foi trabalhado em cristais, p?rolas e contava com 1.300 penas de fasi?o real. O estilista respons?vel pelo traje que levou o segundo lugar ? Evandro Machado.

O 3? lugar ficou com Layla Kenn, candidata da Bahia. Ela se transformou em em duas ?ndias durante o desfile e com a assinatura de Wagner Santos, gastando aproximadamente R$ 1 mil reais, ficou com o pr?mio.

J? na categoria vestidos de gala n?o houve empate, mas a torcida opinou pra valer durante os desfiles. Uma mistura de torcida por brilhos com torcida para seus estados. Mais uma vez Santana Loren candidata do Rio Grande do Sul, levou o 1? lugar.

Com um vestido rebordado em mi?angas tchecas, strass swarovisk, tecido em seda importado da Ar?bia, ela foi bicampe? na premia??o dos trajes. Alexandre Dutra foi o respons?vel pelo vestido de R$ 9 mil reais.

A Miss Brasil Gay Layla Kenn, tamb?m levou a melhor na categoria gala. Ficou com o 2? lugar. Layla desfilou com um modelo inspirado em Thierly Mugler, em segunda pele rebordada com cristais swarovski. O vestido custou R$ 5. 500 reais e ? cria??o de Antara Gold, by Sheila Matarazzo.

Ianka Ashillen, candidata do Esp?rito Santo, ficou com o 3? lugar. O vestido em dourado e prata de musseline de seda, com 72 mil cristais swaroviski foi um dos que mais agradou ao p?blico presente.

Os mais caros e mais baratos
Nem sempre o valor do vestido e o investimento vai determinar o resultado final. A pr?pria esacolhida para Miss Brasil Gay 2006 gastou menos de R$ 7 mil reais com os seus dois trajes: os dois premiados.

Imposs?vel no entanto fica n?o falar em valores. Juntas as candidatas desfilaram, pelo valores declarados a ACESSA.com R$ 499.600 mil. Praticamente meio milh?o de reais. Confira aos mais baratos e mais caros

Mais caros: O mais caro t?pico ficou com a candidata de Fernando de Noronha, que gastou o valor de R$ 100 mil reais (foto ? esquerda). O vestido de gala que mais caro ficou com a candidata de Minas Gerais, Aisla Pirv, que gastou R$ 50 mil na produ??o do estilista Jenilton ?ngelo (foto ? direita)

Mais baratos: Quem gastou menos na categoria t?pico foi D?bora Gasparelly, representante do estado de Roraima. A cria??o de Odenir Lira e do Projeto Crescer, custou R$ 600 reais (foto ? esquerda). J? no quesito traje de gala, a candidata do Piau?, Sabrina Beaut, foi a que mais conseguiu economizar. No vestido de seda puro roxo, bordado com cristais swaroviski, ela gastou R$ 2 mil reais (foto ? direita)