Mágica, risos e emoção marcam shows do Miss Brasil GayBruna Bee, Ava Simões, Kaika Sabatella, Sarah, Ivana Scozer, Vandera Jones e Merlim Maureen foram os nomes da festa. Miss Pará deu show com traje típico
Repórter*
16/8/2010
Bruna Bee
O show que mais arrancou aplausos e gritos da plateia foi o da transformista Bruna Bee. Ela trouxe, direto da Marquês de Sapucaí, a performance apresentada pela Escola de Samba Unidos da Tijuca, no Carnaval 2010 do Rio de Janeiro. A apresentação de Bruna teve números de troca de roupas como em um passe de mágica.
Bruna, acompanhada de dois assistentes, aparece em um biombo, trajada com um vestido prateado. Ela entra novamente no biombo e, em quatro segundos, reaparece revelando um modelito preto curtíssimo com bolas verdes e brancas.
Uma nova entrada no biombo, e a transformista aparece vestindo um estampado de amarelo e laranja. Mais quatro segundos, e Bruna mostra nova roupa em verde e rosa neon. Os assistentes então a cobrem por um pano, e a transformista aparece do outro lado, com um vestido azul. A parte que mais impressiona vem a seguir. Os assistentes dão um banho de papéis brilhosos picados em Bruna e ela aparece com um vestido branco e a faixa de Miss Brasil Gay, roupa com a qual finaliza a apresentação ovacionada.
Ava Simões
Outra apresentação marcante foi a da Miss Brasil Gay 2009, Ava Simões. A transformista dublou a canção Eu vou seguir, de Marina Elali, versão de Reach, da cantora cubana Gloria Stephan. Ava surgiu com uma capa amarela, com enormes babados, que ocultava seu traje. Assim que foi retirada, a miss exibiu vestido dourado, com longas franjas.
A performance enérgica de Ava fez o ginásio do Sport Club Juiz de Fora levantar para aplaudi-la. Emocionada, a cantora gesticulava com ainda mais força, a medida que os tons da canção subiam. O final da apresentação e as palmas do público levaram Ava às lágrimas.
Kaika Sabatella e Sarah
A drag carioca Kaika Sabatella voltou ao Miss Brasil Gay com duas apresentações marcantes. Na primeira (video) ela intercalou performances com a colega de palco Sarah, em um show que criticou e homenageou os cantores americanos Justin Bieber, Beyoncé e Lady Gaga. Kaika, vestida de Justin Bieber, dublou o sucesso Baby e foi interrompida por Sarah, de Lady Gaga.
A gordinha então roubou a cena, imitando Beyoncé em Halo e, ao ser interrompida novamente por Sarah, fazendo performance de Bad Romance, satirizou os passos da concorrente. A sátira foi adiante com Kaika cantando e dançando Single Ladies e continuou quando Sarah voltou ao palco, fazendo vudu contra a caricata. A performance terminou com show de Sarah.
Melhor traje típico
As apresentações das misses com trajes típicos também são verdadeiros shows. As candidatas representaram o pôr-do-sol, o ouro do barroco mineiro, a Parada Gay de São Paulo, uma guerreira e até um pássaro de fogo, sempre com aparições inusitadas.
Destaque para a vencedora do quesito, a Miss Pará Gay, Nallanda Guimarães. Ela encarnou o pássaro uirapuru, em uma performance realizada nas pontas dos pés. A roupa vermelha trazia uma bela plumaria. A candidata recebeu aplausos de todo o público presente no ginásio e entrou para a história do concurso. A performance garantiu ainda o quinto lugar no concurso.
Despedida de Ava Simões
Quando o concurso estava prestes a terminar, Ava Simões retornou ao palco. O último desfile como Miss Brasil Gay foi merecedor de muitos aplausos. O nome da miss ecoou no ginásio, quando o público gritou por Ava.
Em um vestido cor-de-rosa em rendas e bordados, e usando a faixa e a coroa que a dão o título, Ava pegou o microfone e agradeceu por ter sido eleita em 2009. Ela se emocionou e fez questão de repetir a frase que a eternizou na história do concurso. "Com ou sem peruca, eu sou a Miss Brasil." E chorou com os aplausos da plateia.
*Imagens: Priscila Magalhães
Imagens dos shows
Shows de Ivana Scozer, de Vandera Jones e de Merlim Moureen, personagem do ator global Marcos Baô, também fizeram parte da programação do concurso Miss Brasil Gay 2010. As fotos abaixo registram os espetáculos, que tiveram direção cênica de André Pavan.