Ambulatório da UFJF oferece atendimento psicológico gratuito para público transgênero
Iniciado neste ano, o Ambulatório de Atendimento Psicológico para o Público Transgênero (Ambulatório Trans), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) se tornou ferramenta de grande relevância para assistência gratuita ao público travestis e transexuais - que não se identificam com o gênero designado ao nascimento de Juiz de Fora. Até o momento, o projeto de extensão já atendeu 40 pessoas.
O espaço é de fala e escuta, conforme explica a coordenadora da iniciativa e do Centro de Psicologia Aplicada (CPA), Alinne Nogueira Silva Coppus. Ela lembra que a experiência trans não se resume a questões médicas, como intervenções cirúrgicas e hormonais. “Não é um processo simples, há conflitos. Falar e ser ouvido faz diferença. É uma oportunidade para o sujeito se questionar, saber se é isso mesmo que ele quer, saber da onde vem esse desejo.”
A coordenadora ressalta também que o espaço de escuta é aberto para que as pessoas falem sobre o que vier à mente. “Às vezes, há o pensamento de que, por ser um ambulatório trans, as pessoas têm que falar sobre questões trans. Mas não é assim, o sujeito pode falar do que ele quiser, sendo temas trans ou não.”
A proposta do Ambulatório é oferecer o serviço ao público em situação de vulnerabilidade social e, junto a essa atividade de extensão, promover pesquisa a partir dos acompanhamentos. Os atendimentos são feitos pela coordenadora e por bolsistas e voluntários do curso de Psicologia. Além do acompanhamento clínico, há supervisões semanais e grupo de estudos, com leituras e discussões de textos teóricos que embasam a prática.
O CPA fica localizado na Rua Santos Dumont 214, no Centro da cidade. Para se inscrever, basta ligar no número (32) 3216-1029 e deixar nome e telefone. Algum membro da equipe irá retornar para agendar o atendimento.
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