Quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010, atualizada às 18h05

Trabalhadores do transporte público coletivo recusam proposta da Astransp e estipulam prazo limite para acordo favorável

Clecius Campos
Repórter

Os trabalhadores do transporte público coletivo de Juiz de Fora recusaram a proposta da Associação Profissional das Empresas de Transporte de Passageiros de Juiz de Fora (Astransp) de reajuste de 3,72% para motoristas e da fixação de R$ 510 para cobradores. A decisão foi tomada em duas assembleias realizadas na manhã e na tarde desta quarta-feira, 3 de fevereiro, que juntas reuniram 250 funcionários.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo de Juiz de Fora (Sinttro), Paulo Avezani, a categoria está insatisfeita com a proposta e só não realizou uma manifestação porque as negociações ainda estão em aberto. "Teremos nova reunião com a associação patronal no próximo dia 10 ou 11 de fevereiro."

Mesmo sem passeata e paralisação, a pressão por um acordo favorável aos trabalhadores já começa a ser feita. Durante as assembleias, a categoria fixou data limite para a apresentação de uma proposta benéfica. Até o dia 10 de março, a Astransp precisará se posicionar, para que a greve não seja deflagrada.

O sindicato defende o reajuste de 14,2%, justificado pela inflação de março de 2009 a março de 2010 (cerca de 4,5%) e por ganho real. São pedidos ainda o fim da compensação de horas e do banco de horas extras e o aumento do tíquete-alimentação de R$ 160 para R$ 260. A redução da jornada de trabalho de 7 horas e meia para 6 horas fecha a pauta de reivindicações.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes


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