Sábado, 27 de fevereiro de 2010, atualizada às 11h

Políticos juizforanos lançam pré-candidaturas à Câmara Federal

Clecius Campos
Repórter

A pouco mais de cinco meses da data limite para o registro de candidatos ao cargo de deputado federal, o lançamento de pré-candidaturas à Câmara Federal já movimenta a cidade. Embora pareça distante, o cientista político Paulo Roberto Figueira Leal afirma que a movimentação é natural neste período do ano.

"As disputas proporcionais, que elegem os representantes do legislativo, têm essa característica. Neste momento, os políticos estão lançando seus nomes, para saber se são viáveis. Dependendo dos arranjos partidários e dos blocos de alianças, as candidaturas podem não ser concretizadas."

Na manhã deste sábado, 27 de fevereiro, a ex-candidata à Prefeitura de Juiz de Fora em 2008, Margarida Salomão, lançou sua pré-candidatura ao legislativo, pelo Partido dos Trabalhadores (PT). "Esta não é uma decisão pessoal. A ala do PT com a qual tenho vinculação achou viável minha candidatura, diante do desempenho apresentado em 2008. O grupo entende que meu nome tem grande peso em termos de representação na cidade e que minha campanha objetivou temas de desenvolvimento ligados também à região, nas últimas eleições. Acredito que é uma oportunidade boa e importante, para que a cidade e a região tenham uma representação comprometida com uma sociedade justa e desenvolvida."

Outro candidato que dá como lançada sua pré-candidatura à Câmara Federal é o atual vereador de Juiz de Fora, Júlio Gasparette (PMDB). O legislador só espera a convenção para que seu nome seja definitivamente posto. "O PMDB acredita que a Zona da Mata está vazia de representação e pensa que é necessário um político na região que dê também suporte à possível candidatura de Hélio Costa. Nesse sentido, aceito o desafio e me considero pré-candidato."

O já deputado federal Júlio Delgado (PSB) afirma que sua pré-candidatura é natural, uma vez que ele é o único representante do diretório mineiro do partido na Câmara. "Ainda temos que submeter meu nome à convenção partidária. Como já estou no cargo, espero que possa continuar tendo o reconhecimento pelo trabalho que executo." Sobre a disputa que já começa a se configurar, Delgado espera que Juiz de Fora possa aumentar a qualidade da representação na Câmara Federal. "Vejo toda a candidatura viável, em termo de qualidade eleitoral, como potencial de apoio. Com o número de eleitores que temos, por volta de 370 mil, podemos eleger três deputados juizforanos", opina.

Margarida prefere não comentar o perfil dos possíveis concorrentes. "O quadro ainda apresenta-se pouco definido. Não sabemos bem quem está na corrida. A nossa preocupação é elaborar uma campanha e uma gama de propostas que interessem à cidade e à região."

Para Figueira Leal, a quantidade de cadeiras na Câmara Federal que pode ser preenchida por juizforanos é uma incógnita. "Na última eleição para o mesmo cargo, quase metade dos votos válidos dos juizforanos foi destinada a candidatos de outras regiões. Do ponto de vista quantitativo, é possível eleger três candidatos, mas à medida que não se sabe o índice de abstenções, nem a preferência por políticos de fora da cidade, é arriscado dizer um número."

Os textos são revisados por Madalena Fernandes