Suspeito de matar capitães do Exército alega inocência
Repórter
O suspeito de assassinar dois capitães do Exército na madrugada da última quinta-feira, 13 de maio, na saída de uma casa noturna, no bairro Aeroporto, alegou inocência em depoimento prestado à Polícia Civil (PC). Ele afirmou ter escutado os tiros que mataram os militares Eleonardo Sabadine Santos, de 30 anos, e Daniel Azevedo Borges de Lima, de 32, mas não ter relação com o crime.
"Meu carro estava do lado de fora, quando começaram a dar os tiros. Então entrei dento do carro e saí. Todo mundo viu que não fui eu que deu [sic] os tiros." Ele disse não saber identificar quem cometeu o homicídio. "Escutei os barulhos, mas não vi quem foi. Eu não tenho nada a ver com isso."
Outros dois suspeitos já foram identificados pelo delegado Eurico da Cunha Neto, responsável pelo caso. Testemunhas os reconheceram por meio de fotografias. A investigação segue na hipótese de homicídio por motivo fútil. "O conflito começou dentro da boate, quando uma das vítimas mexeu com uma moça, que estava acompanhada pelo suspeito que já está preso. Ainda no estabelecimento, os militares pediram desculpas, mas a confusão continuou do lado de fora."
Segundo Neto, os autores provavelmente carregavam armas em seus carros. "Quando entraram na boate, os suspeitos passaram pela segurança. Não havia possibilidade de eles estarem com armas de tão grosso calibre dentro da casa noturna." De acordo com Neto, a intenção dos autores era assassinar uma das vítimas, Eleonardo, que teria assediado a garota. "O pecado do Daniel foi estar junto da vítima. Ele foi morto de maneira cruel e covarde."
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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