JF deverá contar com mais oito câmeras de vigilância Ainda em fase de estudo, a implantação prevê a instalação de mais oito câmeras na região central e a ativação das quatro que estão instaladas no Calçadão

Clecius Campos e Aline Furtado
Repórteres
17/6/2010

Ainda sem previsão para ser implantado em Juiz de Fora, o sistema de monitoramento por meio de câmeras de vigilância deverá contar com mais oito equipamentos, além dos quatro que se encontram desativados no Calçadão da rua Halfeld. O sistema, que prevê a coibição de crimes, deverá ser instalado apenas em uma parte da região central. A cidade conta com mais de 520 mil habitantes.

De acordo com o subsecretário de Dinâmica Administrativa da Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH), Carlos Jabour, as novas câmeras deverão ser instaladas no triângulo compreendido entre as avenidas Rio Branco, Getúlio Vargas e Independência. "Estamos realizando estudos para evitar ativar o sistema e depois ter que desativá-lo por não haver condições de fazer a manutenção."

Segundo Jabour, estão sendo analisadas soluções econômicas e técnicas para a ampliação do monitoramento. "A tecnologia aplicada afeta no valor de todo o projeto, por isso estamos em fase de estudos, que verificam qual será o sistema implantando, se monitoramento via rádio, via fibra óptica ou via cabeamento tradicional."

Os estudos incluem também a avaliação de modelos implantados em outros municípios, como é o caso do programa Olho Vivo, desenvolvido por meio de parcerias entre as cidades, a Polícia Militar (PM) e o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS). "O Olho Vivo é uma experiência que tem dado muito certo em Belo Horizonte, por exemplo, entre outros municípios. Isto serve como diretriz para que possamos traçar o nosso sistema de videomonitoramento", revela, afirmando não haver sinalização quanto à cidade pleitear verbas do Estado para implantação do projeto.

Parcerias

VideomonitoramentoUma das parcerias da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) no que diz respeito à implantação das câmeras é com a PM, que aponta os locais com altos índices de criminalidade na região. Além disso, a previsão é de que a instituição fique responsável pela central de monitoramento das câmeras. "As informações repassadas pela PM são fundamentais porque nos indicam o que deve ser feito para que o índice de criminalidade, que é considerado pequeno em Juiz de Fora se compararmos com outras cidades, se mantenha ou seja reduzido."

De acordo com o subsecretário, na cidade existem duas alternativas para implantação do sistema. Uma seria por meio de custeio feito totalmente pela administração municipal, já a outra, por meio de parcerias com órgãos, como a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

Olho Vivo

A SEDS já patrocinou a implantação do sistema de videomonitoramento em seis cidades do interior e na capital, totalizando 332 câmeras. São 155 em Belo Horizonte, 72 em Uberlândia, 36 em Montes Claros, 13 em São Sebastião do Paraíso, 21 em Itabira, 9 em Viçosa e 27 em Sete Lagoas. Nesta quinta-feira, 17 de junho, foi assinado um convênio que prevê a instalação de 54 câmeras em Governador Valadares, cidade com 263 mil habitantes. A ação representa um investimento de R$ 6 milhões pelo Estado e contará ainda com contrapartida de R$ 450 mil da Prefeitura.

Além de Governador Valadares, a previsão é de que, em 2010, o sistema Olho Vivo seja implantado na Cidade Administrativa (36 câmeras), Uberaba (54 câmeras), Ibirité (18 câmeras) e na região Norte de Belo Horizonte (45 câmeras).

Segundo a assessoria de comunicação do órgão, a implantação do programa nos municípios é condicionada a estudo da criminalidade, da viabilidade técnica e de recursos disponibilizados, em parte, pelas prefeituras municipais. Os dados da SEDS apontam que as ações criminosas caíram, em média, 40% nas cidades onde as câmeras foram instaladas.

Convênio garantiu R$ 6 milhões para Uberlândia

Com 634 mil habitantes, a cidade de Uberlândia é equipada com 92 câmeras, segundo dados repassados ao Portal ACESSA.com em abril deste ano. O sistema monitora as principais ruas do Centro, além das praças e do centro comercial do município. De acordo com o superintendente de Defesa Social da Prefeitura de Uberlândia, Orion Alves da Silva, o convênio assinado com a SEDS estabeleceu o repasse de R$ 6 milhões para a aquisição e a instalação das câmeras.

"A prefeitura ficou com a contrapartida de R$ 10 milhões em dez anos, com o compromisso Câmerade expandir o monitoramento. Além disso, é responsável pela manutenção e custeio, no valor de R$ 66 mil mensais." A central de monitoramento fica instalada na sede da PM. A intenção é ampliar o serviço a partir de 2011. A 9ª Região Integrada de Segurança Pública (RISP) fará novo estudo para definir os locais. "O esperado é a expansão para os bairros com vida econômica própria."

A parceria entre SEDS, município, PM e Polícia Civil (PC) surte efeitos positivos. "As imagens são acompanhadas em tempo real pela PM e arquivadas para uso da PC. Uma segurança moderna, eletrônica e virtual é a tendência." Desde 2008, o sistema funciona em Uberlândia. De lá para cá, a redução no número de crimes é indicada sistematicamente.

Itabira usou verba própria

Em Itabira, o programa é conhecido como Olhar Atento e é quase todo mantido com recursos municipais. Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura, Rodrigo Zeferino Gomes, a SEDS dá o suporte por meio da ação da PM, que monitora as imagens enviadas diretamente para o batalhão. "Toda a verba para a implantação e a manutenção é municipal. Investimos R$ 1,1 milhão para instalar as 21 câmeras. Mesmo com considerável queda na arrecadação de recursos da mineração, temos a intenção de instalar seis câmeras por ano, nos próximos quatro anos."

Segundo Gomes, equipamentos de alta qualidade reduzem os custos de manutenção. "Gastamos pouco com a limpeza das câmeras. E todo o investimento é válido, já que o programa é um sucesso desde 2007. É nossa ação de maior resultado no ramo da segurança pública." Os estudos técnicos da PM ajudaram a garantir a eficácia. "Foram indicados os locais de maior incidência de crimes como furtos ao comércio, assaltos a transeuntes e roubos a bancos. Inclusive, foram mapeadas possíveis rotas de fuga. O sistema obedece a todas estas orientações."

Na cidade com 110 mil habitantes, o sistema é interligado por meio de fibra óptica. As imagens são transmitidas em tempo real e armazenadas. Algumas das câmeras, com alcance de 360º, são comandadas por joysticks. "Investimos em tecnologia para melhorar a segurança. Estamos obtendo bons resultados."


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