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Terça-feira, 4 de maio de 2010, atualizada às 17h52

Ônibus deverão respeitar velocidade máxima de 25 km/h em travessias de pedestres na Rio Branco

Clecius Campos
Repórter

A partir desta terça-feira, 4 de maio, os ônibus precisam respeitar a velocidade máxima de 25 km/h em travessias de pedestres na avenida Rio Branco. A resolução foi publicada pela Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) e serve para o trecho entre as avenidas Getúlio Vargas e Independência.

De acordo com o titular da Settra, Márcio Bastos, o objetivo é reduzir o risco de acidentes no Centro da cidade. "O duplo sentido de circulação na pista central da Rio Branco é incomum, em relação às demais vias centrais. O elevado volume de pedestres, associado a essa característica, costuma causar mais acidentes." O trecho foi escolhido por ser o mais movimentado da avenida.

Embora as travessias já estejam sinalizadas, a Settra irá acrescentar a sinalização de velocidade máxima próxima às faixas de pedestres. Segundo Bastos, até segunda-feira, 10 de maio, a via estará adequada. Discos de tacógrafo — que registram a velocidade instantânea dos veículos — serão utilizados para fiscalizar o cumprimento da resolução.

A expectativa da Settra é de que a redução na velocidade não afete o fluxo de ônibus no trecho. No entanto, o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo de Juiz de Fora (Sinttro), Paulo Avezani, acredita que a resolução pode causar atraso nos horários dos ônibus. "A consequência maior será para o usuário, pois a viagem tende a demorar um pouco mais. A medida é paliativa e vai piorar a qualidade do transporte coletivo na cidade. Sobre os motoristas e cobradores, entendemos que o trabalhador deve cumprir seu horário. Caso os atrasos gerem aumento nas horas extras, teremos que reclamar direto com a Settra."

A webdesigner Juliana Cetrim também crê que a baixa velocidade pode atrasar a vida de muita gente. "A medida de precaução é válida, mas o pedestre precisa ter mais atenção ao semáforo e usar a faixa na hora de atravessar a rua." A professora Rachel Gomes concorda com Juliana. "A questão do fluxo e da prevenção de acidentes não se resolve com um decreto de limite de velocidade e, sim, com a educação no trânsito para pedestres e para motoristas." Rachel acredita ainda que seria interessante se a redução fosse obrigatória apenas em horários de maior movimento. "Depois das 20h, não precisa ter a velocidade tão reduzida."

O carpinteiro Nadir Lopes dos Santos ficou desanimado com a notícia. Ele acha que a medida pode ajudar na prevenção de acidentes, mas enxerga aspectos negativos. "O ônibus já anda devagar demais. Agora é que vai atrasar mesmo." Márcio Bastos tem a expectativa de que não haja impacto na velocidade operacional do sistema de transporte público coletivo. "A resolução interfere apenas nas travessias e não deve alterar a velocidade de forma geral." Sobre funcionar em todos os horários, Bastos pensa que a redução não causará dano significativo. "É difícil definir horário x ou y para resoluções como essa. Durante a noite, o motorista tem facilidade em compensar as reduções nos outros trechos do itinerário."

Os textos são revisados por Madalena Fernandes

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