Servidores rejeitam proposta de aumento salarial da Prefeitura
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Uma assembleia do Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu) rejeitou, nesta terça-feira, 17 de maio, a proposta de reajuste salarial de 5,17% em maio, seguindo a inflação, mais 1,34% em setembro, percentual referente ao ganho garantido em 2010 e não cumprido. Os servidores consideraram melhor continuar a negociação, para que o aumento venha todo em maio, somando 6,51%.
Além do aumento, a Prefeitura cedeu em incorporar à remuneração o abono que garante o piso de um mínimo aos profissionais com salário menor do que a lei permite. A administração municipal dá ainda duas opções de reajuste no tíquete alimentação. A primeira eleva o benefício de R$ 62 para R$ 70. A segunda aumenta de R$ 62 para R$ 100, sendo a garantia da diferença condicionada à assiduidade do servidor.
O governo sinalizou também pela estruturação de um plano de cargos e salários para os profissionais de mecânica, que atualmente não contam com carreira. Até o fechamento desta nota, às 19h17, os servidores não haviam votado os demais itens da proposta.
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Negociação com dentistas
Na segunda rodada de negociação com os dentistas, na tarde desta terça-feira, 17, a SARH apresentou ensaios de piso salarial e reformulação da carreira que podem ser oficialmente propostos ao Sindicato dos Odontologistas de Juiz de Fora. Segundo o diretor do sindicato, Fernando Farineli, nos ensaios, o piso salarial varia de R$ 2.000 e R$ 2.500, com progressão de carreira, com acréscimo de 1% no salário a cada ano. "Essa medida diminuiria a inclinação da carreira, que atualmente é formada por aumento de 10% a cada três anos. Até o momento, a oferta não atende à nossa reivindicação, que é piso de R$ 9.000, conforme o dos médicos, além da recomposição de 25%, para a equiparação às carreiras de nível superior."
A categoria reivindicou também a inserção do profissional na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Segundo Farineli, a SARH argumentou não haver estudos de viabilidade financeira para tal, mas ficou de formar uma comissão tripartite, com membros do órgão, da Secretaria de Saúde e do sindicato para a discussão do tema. "Já no próximo encontro vamos cobrar a instituição do grupo." Assuntos como a contratação de mais dentistas e de auxiliares e técnicos de saúde bucal e a melhoria nas condições de trabalho ficaram de fora da pauta. "Pelo menos, o governo sinalizou sobre a viabilidade de oferecer cursos de especialização e capacitação para os profissionais, aceitando sugestões de temas vindas do sindicato."
Até a próxima segunda-feira, 23, a Prefeitura deve marcar uma nova reunião com a classe, a fim de apresentar a proposta final de piso. A partir daí, será marcada uma assembleia da categoria, provavelmente na quarta-feira, 25.
Médicos pedem proposta por escrito
Em reunião na última segunda-feira, 16, o Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora solicitou à SARH que encaminhasse, por escrito, uma proposta de piso salarial e de progressão salarial. "Precisamos dos valores que serão oferecidos pela Prefeitura para poder levar à categoria, na assembleia de amanhã [quarta-feira, 18]. Em termos gerais, não houve avanço na negociação, já que outros pontos da pauta não foram contemplados, como a questão das gratificações e a remuneração específica dos profissionais da ESF", explica o secretário-geral Geraldo Sette.
Engenheiros também aguardam valores
A situação dos engenheiros é parecida com a dos médicos. O Sindicato dos Engenheiros de Juiz de Fora aguarda a apresentação dos valores do piso salarial e da nova carreira, proposta para todos os profissionais de nível superior. O diretor regional João Queiroz espera o agendamento de uma nova reunião com a Prefeitura na próxima segunda-feira ou terça-feira. "Temos ainda o processo 1.390/92, sobre o pagamento do mínimo de oito e meio salários mínimos aos profissionais celetistas [regidos pela CLT], transitado em julgado, que será analisado pela Procuradoria Geral do Município, a fim de providenciar o pagamento. Com o cumprimento dessa remuneração, o ganho do profissional pode, em alguns casos, chegar a ser multiplicado em três vezes."
Os textos são revisados por Thaísa Hosken
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