Parados há dezessete dias, funcionários dos correios vão negociar salário no Tribunal Superior do Trabalho
Repórter
Depois de dezessete dias em greve, os funcionários dos Correios vão resolver o impasse da negociação salarial no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicação Postal, Telegráfica e Similares de Juiz de Fora e região (Sintect/JF), João Ricardo Guedes, diz que a empresa protocolou o dissídio coletivo no TST de Brasília, nesta sexta-feira, 30 de setembro. "Agora, vamos aguardar as partes se encontrarem, para ver se haverá alguma concessão, na próxima semana."
Segundo Guedes, essa situação já era prevista. "Quando não há um avanço nas negociações o caminho é o TST. Já era uma decisão esperada, devido à intransigência dos Correios", diz. O sindicalista diz ainda que "o comando de negociação, por parte dos trabalhadores fez o possível para resolver no diálogo, mas os Correios, em todas as negociações, sempre quiseram impor seu o lado." De acordo com as informações de Guedes, em Juiz de Fora, a greve continua e está com a adesão de 22,5% dos trabalhadores, o que representa 90, dos 400 funcionários.
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Em nota, os Correios afirmam que, desde o início do ano, a direção manteve as portas abertas aos trabalhadores, mediante um sistema de negociação permanente, com reuniões agendadas para o ano todo e não apenas para o período do acordo coletivo de trabalho. Os representantes dos trabalhadores teriam sido recebidos "inúmeras vezes" para tratar da mudança do estatuto dos Correios e foram ouvidos durante todo o processo de negociação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
A abertura da empresa ao diálogo também teria sido mantida durante todo o período de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho. O órgão também disse que os Correios continuam abertos ao diálogo e conclamam novamente os trabalhadores parados a reavaliar sua posição e fechar o acordo coletivo de trabalho, em benefício da população brasileira e de todos os 110 mil empregados da empresa.
Os textos são revisados por Thaísa Hosken