Quarta-feira, 6 de julho de 2011, atualizada às 19h

Criação de crematório e de cemitério vertical pode reduzir transtornos enfrentados nos cemitérios de Juiz de Fora

Jorge Júnior
Repórter
ceminterio

A criação de um crematório em Juiz de Fora foi apontada, durante audiência pública realizada nesta quarta-feira, 6 de julho, na Câmara Municipal da cidade, como solução para tentar resolver os problemas enfrentadas nos cemitérios da região. "O município possui 15 cemitérios e todos estão lotados", ressalta o vereador proponente da reunião Julio Carlos Gasparette (PMDB).

Para exemplificar a situação, o legislador destaca os principais terrenos na cidade. "O cemitério municipal tem 10,5 mil covas rasas, 150 mausoléus e 1,3 mil covas sendo construídas; o cemitério da Igreja da Glória tem 1,7 mil túmulos; o do Parque da Saudade, 15,5 mil jazigos e será criado mais 4,5 mil; o do bairro Grama possui 950 túmulos e o do bairro Igrejinha tem 600 túmulos. Já no bairro São Pedro, 120 jazigos estão ocupados, e apenas 50 estão disponíveis e no bairro Valadares existem apenas 60 túmulos", enumera Gasparette.

"Existe uma proposta de construção de um cemitério vertical, com 40 mil lóculos, juntamente com um crematório na avenida Doutor Deusdedit Salgado. A licença já existe e está sendo estudada", afirma o subsecretário de Vigilância em Saúde, Ivander Mattos Vieira.

Uma outra proposta evidenciada pelo vereador foi a criação de um cemitério vertical, utilizando os mesmos modelos que são usados em São Paulo. "O cemitério municipal deveria paralisar 50% do terreno durante cinco anos e fazer essa construção. Acredito que o empreendimento iria melhorar a situação."

Cemitério municipal

A situação do cemitério municipal também foi evidenciada na reunião. "Dos 3,7 mil velórios que acontecem na cidade, 3,3 mil são realizados no municipal", diz Gasparette. O maior problema do local, além da lotação, são as covas na parte alta do terreno.

"Quando alguém morre, a gente tem que subir um morro muito alto, debaixo de sol ou chuva, sendo que os corpos poderiam ser velados lá em cima." De acordo com o administrador do cemitério, Anderson Miranda, existe uma entrada no terreno pelo bairro Granbery, e nesta área existe espaço para a construção de capelas para velar os corpos, o que poderia resolver os transtornos.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken


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