Barranco no bairro Juscelino Kubitschek preocupa moradores da região
Repórter
Um barranco localizado na rua Adelaide Campos, na altura do número 882, no bairro Juscelino Kubitschek, Zona Leste, é motivo de preocupação dos moradores da região. De acordo com o habitante do local, cuja casa está interditada devido ao risco, Ivanir Ribeiro, essa situação vai completar quatro anos e até hoje os moradores não tiveram um parecer da Prefeitura.
"O barranco é um problema antigo da região e, a cada dia, a situação fica pior. Na verdade, o barranco era na rua José Teodoro dos Santos, que fica em cima da rua onde moro, mas ele cedeu, devido a obras irregulares que foram executadas, sem fiscalização do município", diz o vigilante.
Com isso, Ribeiro teme que, com a aproximação do período de chuvas, a sua casa, que está com a parte de trás interditada, sofra mais ainda com o desabamento. "A preocupação é com os fundos, porque não temos acesso a ela. A cada chuva que acontece, nós não conseguimos dormir porque sempre achamos que o barranco está caindo", afirma.
Ainda segundo o morador, durante todo esse período foram feitos contatos com a Prefeitura, mas o problema não foi resolvido. "Se a gente não cobra, a Prefeitura fica quieta. Os técnicos vêm aqui, afastam a terra do muro da minha casa e colocam uma lona. E é só isso que eles fazem."
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A preocupação também é ressaltada pela empregada doméstica, Edna Ribeiro. "Esse barranco cedeu na época da chuva e já vai fazer quatro anos que estamos sofrendo com essa calamidade. No local que o barranco caiu, tinha uma casa de três andares e um depósito de material de construção, que armazenava muitas ferragens e cimentos." Segundo ela, com o desabamento, um quarto da sua casa foi afetado e ela perdeu tudo que estava no cômodo. A moradora relata que ratos e caramujos são constantes na sua residência. Edna ainda reclama que alguns moradores da rua de cima jogam lixo diariamente na casa dela. "Na semana passada, jogaram dois cachorros mortos aqui", reclama.
Solução
A assessoria de imprensa da Defesa Civil informou que o órgão colocará lonas em toda a extensão da encosta como medida paliativa e que o monitoramento na região é feito constantemente no entorno, além de nove bairros da cidade que também estão em situações precárias. São eles: Santa Tereza, Três Moinhos, Ladeira, Linhares, Santa Rita, Parque Guarani, Borboleta e Santa Cruz (ver mapas). Além disso, a Defesa Civil fez intervenções na área, com a demolição de construções já condenadas.
A intervenção no local já tem projeto e será uma das contempladas com recursos da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II) voltados para contenções em áreas de risco, com uma verba de R$ 16 milhões. Os recursos estão sendo aguardados. O departamento orientou que, caso haja qualquer situação atípica, a população deve entrar em contato com o departamento pelo telefone 199.
Fotos: Ivanir Ribeiro
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