Sexta-feira, 29 de maio de 2009, atualizada às 17h40

Corpo de Padre João Fagundes Hauck é velado na Igreja da Glória

Clecius Campos
Repórter

Está sendo velado, na Igreja da Glória, o corpo do padre João Fagundes Hauck, falecido na manhã desta sexta-feira, dia 29 de maio, aos 86 anos de idade. Internado desde o dia 24 de maio no Hospital Doutor João Felício, o sacerdote morreu em decorrência de falência múltipla de órgãos e insuficiência respiratória.

A missa de exéquias será realizada neste sábado, dia 30 de maio, às 10h. O sepultamento ocorre no Jardim da Ressurreição do Cemitério da Glória, também no sábado, às 11h.

De acordo com o membro da Arquidiocese de Juiz de Fora, Monsenhor Miguel Falabella de Castro, Padre João dedicou mais de 60 anos de vida à formação de jovens para sacerdócio. "Ele era famoso por sua sabedoria e pela maneira bonita e própria de comunicar os fatos da história da Igreja. A Arquidiocese lamenta a perda desse grande religioso e oferece condolências aos demais padres diretoristas da cidade."

Trajetória

Nascido em 9 de julho de 1922, na cidade de Santos Dumont (MG), Padre João foi trazido para Juiz de Fora em 1927, por Dona Antônia, mulher que o criou a partir da morte de seus pais, João Hauck e Adalzgiza Fagundes Hauck. Cedo foi iniciado no estudo teológico e aos dez anos decidiu ser padre, a pedido de seu professor de catecismo, Padre Adriano Wiengant.

Em agosto de 1945, Padre João foi ordenado na Igreja da Glória por Dom Justino José de Santana. Foi professor no Seminário Menor de Congonhas, onde também foi nomeado sócio do diretor. Nos anos 50 estudou a história da Igreja Católica na Universidade Gregoriana, em Roma, local em que se formou doutor.

Com o título, foi professor na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), nas Pontifícias Universidades Católicas do Rio de Janeiro e Minas Gerais e no Seminário da Floresta, onde residiu até 1969.

Daquele ano até 1974, Padre João se integrou às chamadas novas comunidades vocacionais (casas alugadas para vida em comunidade) e começou a participar do Centro de Estudos de História da Igreja Latino-Americana (CEHILA), entidade de composição internacional.

Em 1974, voltou a viver na Comunidade Redentorista da Igreja da Glória. Nela, trabalhou na formação de filósofos, durante 29 anos, sendo reitor do Seminário da Floresta e da Igreja da Glória.

Desde 1962, Padre João participava intensamente de acampamentos com seminaristas redentoristas e com o Grupo de Escoteiros Alvorada.

Por sua atuação na sociedade, recebeu os títulos de Cidadão Honorário de Juiz de Fora (1988), a Comenda Henrique Guilherme Fernando Halfeld (1992) e a Comenda Benjamin Colucci (2003), outorgada pela Ordem dos Advogados do Brasil.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes