Secretário estima abertura do Restaurante Popular em 2 de julho

Segundo André Zuchi, faltam a criação do Comitê Gestor, o decreto do regimento de funcionamento e a aprovação do Fundo de Manutenção

Thiago Stephan
Repórter
30/5/2012
Restaurante Popular

O Restaurante Popular deverá ser aberto ao público no dia 2 de julho. Mas, a inauguração do espaço deve ocorrer três dias antes, em 29 de junho, em almoço para convidados. Esta é a previsão que o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, André Zuchi, fez nesta quarta-feira, 30 de maio, quando mostrou-se aliviado por, em sua avaliação, tudo ter transcorrido de forma tranquila na licitação que escolheu a empresa gestora do empreendimento, a Servir (MMOL Refeições Coletivas Ltda.).

"A licitação era a causadora da minha maior ansiedade. Conseguimos preço de custo abaixo do preço nacional e praticado por uma empresa local que é conhecida por sua qualidade. Foi uma vitória que facilita a política de subsídio", expõe.

O preço de custo que a Servir vai praticar é de R$ 3,85. Segundo Zuchi, o preço médio praticado para a população nos restaurantes populares de outras cidades brasileiras é de R$ 2. Sem querer estimar qual o valor do subsídio universal e, consequentemente o preço cobrado em Juiz de Fora, ele afirmou que estão sendo feitos estudos para que o valor se aproxime deste patamar, mas isso vai depender da capacidade financeira da Prefeitura. "O preço de custo conseguido na licitação, que é abaixo da média nacional, diminui a necessidade de subsídios maiores por parte dos cofres públicos", revela. Cerca de 300 pessoas atendidas em programas da Prefeitura contarão com subsídio integral. O Restaurante Popular terá capacidade para produzir até três mil refeições por dia.

Os três últimos passos

De acordo com André Zuchi, agora, os esforços serão concentrados na conclusão dos três últimos pontos dos quais depende a inauguração do Restaurante Popular. O primeiro é a instalação do Comitê Gestor do empreendimento, composto por sete integrantes: representantes da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (SPDE), Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), Secretaria de Assistência Social (SAS) e Secretaria de Saúde. Os outros integrantes do comitê são dos conselhos municipais de Segurança Alimentar (Comsea), de Agropecuária e Abastecimento (Comapa) e de Assistência Social (Comas).

O segundo passo é o decreto com o regimento do restaurante, o que, de acordo com o secretário, deve ocorrer dentro de 15 dias. Por fim, a última das três etapas é o encaminhamento para a Câmara de mensagem que estabelece o Fundo de Manutenção do Restaurante Popular. "O fundo é composto de várias receitas. Mas, a principal delas, é que 2% de cada refeição serão destinados para a manutenção dos equipamentos e instalações físicas. É uma necessidade que dá maior agilidade de atuação, uma vez que os recursos já estão destinados", disse, para depois justificar: "O restaurante tem que funcionar todos os dias."

A previsão feita por Zuchi no início de abril era que as obras e instalação dos equipamentos terminassem em maio, o que não ocorreu. "Dentro de dez dias tudo estará pronto", garante o secretário.

Agricultura familiar

Um dos questionamentos do Conselho Municipal de Segurança Alimentar é em relação ao modelo de funcionamento do Restaurante Popular no que diz respeito ao aproveitamento de produtos da agricultura familiar local nas refeições. Zuchi destaca que o edital autoriza a empresa vencedora da licitação a comprar de produtores de Juiz de Fora, "principalmente folhosos e leguminosos", mas desde que atendam os preços de mercado. O secretário afirma que a Prefeitura vai fazer, junto aos produtores, um trabalho a fim de organizar o setor, atraindo a agricultura familiar para dentro do Restaurante Popular. "É um trabalho difícil a ser feito. Haverá intenção do comitê gestor nesse sentido."

Os textos são revisados por Mariana Benicá

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