A pandemia trouxe enormes prejuízos para a economia do País. Milhares de comerciantes encerraram negócios em meio a dívidas, que se acumularam com o abre e fecha provocado pelas medidas tomadas por governos estaduais e municipais.

E aqui, é preciso ressaltar, não se trata de comentar a eficácia da decisão, mas apenas relembrar o cenário vivido durante cerca de dois anos, entre 2020 e 2021.

Os comerciantes que sobreviveram apostaram na retomada neste 2022, especialmente, no segundo semestre com as festas de fim de ano.

A Copa do Mundo de futebol, realizada fora do período tradicional no meio de ano, trouxe uma nova dor de cabeça para o setor: os jogos do Brasil.

A seleção brasileira joga na primeira fase da Copa duas partidas as 16 horas e uma partida ao meio-dia. O problema está nos jogos das 16h, como o desta quinta contra a Sérvia.

Os dois sindicatos, patronal e laboral (dos empregados), se reuniram para discutir o assunto e entenderam que a melhor medida seria o velho bom senso. Nos bairros e no centro de Juiz de Fora tudo deve transcorrer sem problemas.

O impasse, no entanto, está nos shoppings (Independência e Jardim Norte, especialmente).

O Sindicatos dos empregados no comércio pretende ter uma derradeira conversa com os administradores ainda nesta quarta-feira, 23, para convencê-los de liberar os funcionários e lojistas durante os jogos e retomar o funcionamento logo depois. Até porque as lojas nos shoppings têm horário de encerramento das atividades ampliado em relação ao comércio de rua.

Os administradores não estariam dispostos a abrir mão de manter as lojas abertas usando como pretexto o fato de que as praças de alimentação podem ser usadas pelos torcedores assistirem as partidas. No final, todos estão “livres” para retomar o lazer nesses locais.

No sindicato, o jogo de quinta-feira é visto também como modelo de como serão os próximos. Na medida em que se aproxima o período de compras natalinas e as confraternizações de fim de ano nas famílias e empresas.

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