Quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010, atualizada às 19h

Recordar é Viver comemora 15 anos

Daniele Gruppi
Subeditora

Nesta quinta-feira, 11 de fevereiro, foi a vez do Bloco Recordar é Viver sair às ruas de Juiz de Fora. Este ano, o clima foi de comemoração, já que marcou os 15 anos do bloco nas festividades de Momo. Quem passava pelo Centro parou para ver o desfile e quem pôde acompanhou. Teve também quem espiou das janelas das residências e dos escritórios.

Composto por 500 integrantes, o bloco contou com oito alas formadas por um público maior de 60 anos e uma ala por jovens do projeto social Cultura do Samba. E fôlego não faltou aos foliões que seguiram da Praça Antônio Carlos até o Parque Halfeld, ao som da banda Recordar é Viver. No repertório, o samba-enredo "15 anos de alegria", de autoria de Nylton da Rocha Villarinho, 84 anos, além das clássicas marchinhas de Carnaval.

A aposentada Cecília da Silva, 69, participa há cinco anos do bloco. "Gosto muito. Enquanto puder, quero desfilar. Distrai a cabeça e faço amizade." A aposentada Maria Cecília Naier, 70, deixa o marido em casa para se divertir. "Adoro o Carnaval e gosto de dançar. Como o meu esposo não gosta, ele não vem."

Para o idealizador do bloco, o carnavalesco Paulo Sérgio Moraes, o Recordar é Viver ressalta a alegria do idoso de poder participar do Carnaval. Para ele, a recepção do público mudou desde a criação do bloco. "A comunidade passou a receber os idosos e a participar também. O preconceito com a terceira idade diminuiu."

Segundo Moraes, o Recordar é Viver buscou durantes esses anos abordar temas atuais para continuar atraindo os foliões. A coordenadora do Centro de Convivência do Idoso, Regina Coeli de Souza Cunha, destaca a importância desta festa. "Mostra que o idoso é produtivo, tem alegria e vivacidade. Ele merece o reconhecimento."

Nesta sexta-feira, 12, o tradicional Bloco do Beco, do sambista Mamão, vai animar os juizforanos. A concentração está marcada para as 15h, com saída prevista para as 19h. Pintinho de Ouro também agitará o Centro nesta sexta.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes