Associação de Livre Apoio ao Excepcional
Associa??o de Livre Apoio ao Excepcional
Institui??o civil sem fins lucrativos atende pessoas com
S?ndrome de Down e com defici?ncias mentais
*Colabora??o
18/03/2008
Segundo o presidente volunt?rio da ALAE, Jos? Mauro Cupertino, a institui??o teve in?cio em uma crian?a com S?ndrome de Down. "Em 1979, um casal teve um filho com problemas mentais e resolveu criar o Centro Cultural Branca de Neve, com o intuito de inserir pessoas com problemas mentais em conv?vio com crian?as comuns"
, lembra.
O objetivo inicial era tratar esse p?blico com naturalidade, permitindo a ele um acesso ?s atividades cotidianas e um relacionamento com as pessoas da sociedade. Trata-se de um trabalho participativo e inclusivo, no entanto, em 1985, o casal resolveu voltar atr?s na decis?o e buscar um aux?lio espec?fico para a crian?a.
A demanda por um atendimento especial ?s pessoas com algum tipo defici?ncia fez com que a escola se aprimorasse e voltasse suas atividades exclusivamente para eles. Para isso, atrav?s de oficinas, as pessoas com defici?ncias t?m acesso ao atendimento psicol?gico, terap?utico, fisioter?pico.
A partir desse marco, o Centro Cultural tornou-se uma associa??o entre pais de crian?as com defici?ncia mental ou com S?ndrome de Down para oferecer uma oportunidade para que essas pessoas elevassem sua auto-estima e tivessem uma fun??o para a sociedade. Segundo Cupertino, os trabalhos realizados pela ALAE permitem para os assistidos e suas fam?lias um tratamento psicol?gico, pedag?gico e um acesso inclusivo na sociedade, atrav?s de parcerias.
Parcerias com empresas que oferecem vagas no mercado de trabalho, com pessoas jur?dicas e f?sicas que contribuem mensalmente para a manuten??o do trabalho realizado pela entidade, al?m de parceria realizada com espa?os que permitem a concretiza??o do projeto extra-muros, que ? um momento em que os deficientes participam de atividades fora da sede da ALAE e t?m oportunidade de conhecer novas pessoas e conviver com pessoas que n?o t?m problemas mentais.
"Essas parcerias s?o muito importantes para o nosso funcionamento. As pessoas ajudam na organiza??o dos nossos eventos beneficentes, fazem doa?es para a manuten??o da institui??o e t?m empresas e entidades que nos oferecem a oportunidade de fazer com que nossos assistidos sejam mais valorizados e participem efetivamente da constru??o de uma cidadania e de uma comunidade consciente. Al?m disso, o contato com pessoas comuns faz com que eles se sintam melhores e mais especiais, com a percep??o de que t?m a capacidade de ingressar no mercado de trabalho, ou mesmo de desenvolver uma atividade especifica como esporte, teatro, lazer e cultura"
, afirma o presidente.
Cupertino comenta que ? preciso oferecer o apoio n?o s? para as pessoas com defici?ncias mentais, mas tamb?m para seus familiares. "Eles s?o todo o apoio sentimental, emocional e material dessas pessoas com S?ndrome de Down, por isso ? importante que eles recebam nossa aten??o, em todos os campos, desde o psicol?gico at? mesmo o material"
, conta.
Manuten??o
A ALAE ? uma entidade de utilidade p?blica tanto para o ?mbito nacional quanto para o ?mbito municipal. Atualmente, a institui??o presta atendimento e aux?lio para, aproximadamente, 60 pessoas, entre elas, crian?as, adolescentes e adultos. Desses, somente cerca de 10% podem arcar com os custos desse atendimento.
Segundo Cupertino, a verba oferecida pela prefeitura, atrav?s da Secretaria de Pol?tica Social, ? incapaz de manter o trabalho feito. "Pagamos aluguel e ainda temos gastos para fazer o trabalho eficiente, por isso contamos, mais com o apoio da comunidade que o do governo municipal em si. A maravilhosa e solid?ria sociedade de Juiz de Fora ?, hoje, respons?vel por quase 75% dos recursos da entidade"
, afirma.
A associa??o presta apoio tamb?m a fam?lias, oferecendo atendimentos aos aspectos psicol?gicos e materiais, dessa forma, segundo o presidente volunt?rio da entidade, o n?mero total de pessoas que recebem auxilio ? 200. "Ao longo de todo esse per?odo de atividades, a ALAE desenvolveu e aprimorou, constantemente, um Projeto Psico-Pedag?gico para o atendimento ?s pessoas com defici?ncia mental, com base em uma abnegada equipe de profissionais e volunt?rios"
, comenta Cupertino.
Para a manuten??o da ALAE, os administradores da entidade contam com recursos financeiros provenientes de um conv?nio com a prefeitura de Juiz de Fora, mas como dito anteriormente, essa verba ? ineficiente. "Trata-se de um conv?nio congelado h? cerca de seis anos e totalmente em desacordo com o n?mero de atendimentos proporcionados pela ALAE e o n?mero de horas gastas nesse atendimento"
, lamenta o presidente da associa??o.
Os servi?os
A ALAE oferece tr?s projetos: as oficinas (culin?ria, artesanato, dan?as, teatro, r?dio, leitura), o programa extra-muros (os assistidos v?o para fora da institui??o em lugares como clubes, academias, parques, cinema, supermercados e teatro) e o centro de conviv?ncia.
Nas oficinas, as pessoas com defici?ncia t?m oportunidade de conhecer suas habilidades e de fazer atividades que lhe d?em prazer. Muitos t?m o dom da culin?ria e aprendem a fazer doces, gel?ias e biscoitos para vender em feiras e oferecer em eventos beneficentes. Outros t?m o dom do artesanato e participam de oficinas que ensinam a fazer bijuterias, enfeites para casa e materiais ?teis para o uso dom?stico como toalhas, por exemplo.
Alguns t?m o dom da arte e preferem investir no teatro, na dan?a e na locu??o em r?dio. Al?m disso, o estimulo ? leitura e ao desenvolvimento cultural ? feito atrav?s de oficinas em que o assistido conhece hist?rias e escreve um livro sobre sua vida.
Todas essas atividades s?o auxiliadas pro profissionais capacitados e por volunt?rios do projeto, por isso, se tiver interesse em participar, basta entrar em contato com a ALAE, atrav?s do telefone: (32) 3215-4628.