Quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009, atualizada às 19 h

Foliões juizforanos deixarão de receber 30 mil preservativos este ano


Da Redação

As ONGs que lutam contra as DSTs em Minas Gerais não vão distribuir preservativos no Carnaval deste ano. Segundo o presidente do Movimento Gay de Minas (MGM), Oswaldo Braga, trata-se de um protesto contra a falta de apoio do governo mineiro. Com isso, cerca de dois milhões de camisinhas vão deixar de ser distribuídas no Estado e em Juiz de Fora 30 mil preservativos não vão chegar às mãos dos foliões.

A decisão das ONGs de cancelar as ações de prevenção no Carnaval foi tomada durante reunião do Fórum Minas de ONG Aids. As organizações reclamam do descaso do governo com o trabalho que vem sendo desenvolvido pela sociedade civil, da dificuldade no repasse de recursos e de outros problemas que reduzem cada vez mais a atuação dos ativistas junto às populações vulneráveis. "O Movimento Gay de Minas Gerais, por exemplo, não recebe recursos do Estado desde 2005."

Além do MGM, cinco ONGs de Juiz de Fora cruzarão os braços: Grupo Casa, Gedae, Entre Nós, Convhivendo e Caia. Para Braga, essa atitude pode causar transtorno para o governo, já que deixa a porta aberta para a infecção dos mineiros pelo HIV. Ele afirma que as ações voluntárias garantem cobertura para que a população possa se prevenir, promovendo a prática do sexo seguro durante o reinado de Momo. O presidente do MGM afirma ainda que em Juiz de Fora 1.600 pessoas vivem com o HIV.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes.


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