Quarta-feira, 17 de março de 2010, atualizada às 18h39

Campanha da Fraternidade levanta discussão sobre economia solidária em Juiz de Fora

Clecius Campos
Repórter

A temática da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010, Economia e Vida, foi assunto da audiência realizada na Câmara Municipal de Juiz de Fora, nesta quarta-feira, 17 de março. A reunião levantou a discussão sobre as formas de executar a economia solidária na cidade. O vereador proponente do encontro, Flávio Checker (PT), acredita que é dever da sociedade e do poder público potencializar práticas que propiciem a economia solidária, como a formação de associações e cooperativas.

"Penso que o conceito de economia solidária deve ser uma alternativa ao capitalismo em que vivemos. Incentivar a criação de entidades que geram emprego e renda, mas que não visam lucro." Ele cita a Associação Municipal dos Catadores de Materiais Recicláveis e Reaproveitáveis de Juiz de Fora (Ascajuf) como modelo prático da execução da economia solidária na cidade.

Além dos benefícios econômicos, a presidente da Cooperativa de Portadores de Deficiência (Coopdef), Maria Geralda Lopes, aponta os benefícios específicos conquistados com a união de forças. "A cooperativa nasceu quando 29 pessoas com deficiência buscavam um meio de atuar no mercado de trabalho e viam dificuldade. Hoje somos 99 pessoas, prestando serviços para a Universidade Federal de Juiz de Fora [UFJF] e para a Prefeitura, graças ao cooperativismo."

O representante da Cáritas Juiz de Fora, Wellington Alves, cobrou a realização de ações que caminhem ainda mais para a solidariedade. Ele pediu a regulamentação da lei que cria o Sistema Alimentar e Nutricional do Município e colocou em pauta a necessidade de definição sobre quem deverá ser o gestor do Restaurante Popular.

Ecumenismo e vida

O representante da Pastoral do Instituto Metodista Granbery, Messias Valverde, aproveitou o momento para aprovar o caráter ecumênico da Campanha da Fraternidade. "Nós, como Igreja, perdemos muito tempo com discussões dogmáticas contrárias, quando a prioridade deveria ser a defesa da vida. A intenção desse movimento é criar um mutirão, formado por igrejas, por religiões e por pessoas de boa vontade, que estão dispostas a lutar pela vida."

Os textos são revisados por Madalena Fernandes


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