Terça-feira, 23 de agosto de 2011, atualizada às 17h42

Mesmo com anúncio de revisão salarial, professores estaduais mantêm posicionamento a respeito da greve

Aline Furtado
Repórter
Assembleia estadual dos professores em Belo Horizonte

Um dia após o governo de Minas Gerais admitir incorreções na forma de pagamento dos professores da rede estadual, representantes da categoria em Juiz de Fora afirmaram, nesta terça-feira, 23 de agosto, que a classe ainda aguarda uma resposta do Estado a respeito da instituição do piso nacional, no valor de R$ 1.187.

"Não estamos em manifestação pelo subsídio, mas sim pela implantação do piso salarial, e as revisões que deverão ser feitas não mudam o posicionamento da categoria", aponta a coordenadora de comunicação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) em Juiz de Fora, Yara Aquino.

Nesta quarta-feira, dia 24, professores reúnem-se em assembleia estadual, em Belo Horizonte, para definir os rumos do movimento. As mudanças e as revisões no sistema de remuneração do magistério estadual foram anunciadas na última segunda-feira, dia 22, pela Secretaria Estadual de Educação (SEE).

Segundo informações da pasta, as alterações dizem respeito ao pagamento de subsídios, corrigindo as formas de incorporação de vantagens e benefícios nos salários e resgatando o tempo de exercício da atividade de cada profissional. A expectativa da SEE é de que a reavaliação seja recebida pelos grevistas como negociação final, a fim de que a greve, deflagrada no dia 8 de junho, seja encerrada.

Alunos protestam em JF

Na manhã desta terça-feira, 23, estudantes do ensino médio do Instituto Estadual de Educação (IEE) fizeram um protesto na porta da escola, a fim de chamar a atenção para a greve. A manifestação foi uma forma de apoio aos professores da rede estadual, além de repúdio à falta de negociação.

Contratações

Yara destaca, ainda, que as contratações emergenciais anunciadas pelo governo de Minas estão sendo impedidas por determinação do comando de greve. "Em Juiz de Fora, o sindicato conseguiu impedir todas as designações."

Os textos são revisados por Thaísa Hosken