Professores municipais rejeitam proposta de reposição de aulas apresentada pela Prefeitura
Repórter

Os professores da rede municipal de ensino de Juiz de Fora rejeitaram a proposta de reposição de aulas, apresentada pela Secretaria de Educação do município nesta terça-feira, 13 de setembro.
Segundo o diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro-JF), Péricles Lima, a categoria considerou a proposta inadequada. "Trata-se de uma penalização dos professores que entraram em greve. Deliberamos que vamos iniciar a reposição das aulas, devido ao compromisso que temos com os alunos, de forma que eles não percam o ano letivo", destaca.
Na manhã, durante reunião fechada com os sindicalistas, a Secretária de Educação, Eleuza Barboza, tinha definido um cronograma utilizando os seis sábados, podendo chegar, no máximo, até oito, e durante dez dias de dezembro, de 19 a 23 e de 26 a 30. Essas aulas no sábado deveriam ter frequência de 80% dos alunos, com o objetivo de evitar que a escola funcionasse em janeiro apenas para cumprir um ou dois dias. Os colégios também poderiam abrir mão de um dia de margem de segurança e utilizar as emendas de feriado previstas em outubro e novembro.
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Com a rejeição da proposta, os representantes do Sinpro-JF irão retornar as negociações com a Prefeitura, para rever as propostas. "Em outros momentos tivemos uma outra atitude da Eleuza, agora, ela está querendo polemizar a situação." Lima afirma que os professores saíram indignados da greve, devido à ação autoritária da Prefeitura.
De acordo com Lima, o modelo adotado par a reposição das aulas vai ser o mesmo que foi feito anteriormente, com reposição de aulas aos sábados, podendo usar a sexta hora por dia, acrescentando mais uma aula. "Os outros 1/3 do período da greve vão ser com atividades extra classe, em que os alunos vão desenvolver trabalhos em casa, que posteriormente serão avaliados pelos professores.
Os textos são revisados por Thaísa Hosken