Propostas e alinhamento com a chapa 2 marcam último debate para reitor da UFJF

Candidato da chapa 3 ainda teve que explicar suposto apoio recebido pelo ex-reitor Henrique Duque

Lucas Soares
Repórter
28/01/2016

Foi realizado na manhã desta quinta-feira, 28 de janeiro, o último debate da eleição para a reitoria da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), envolvendo os candidatos das chapas 1, que conta com o professor do Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, Marcos David como reitor e a professora Girlene Alves da Silva, da Faculdade de Enfermagem, para o cargo de vice, e a chapa 3, com o o ex-superintendente do HU, Dimas Augusto de Carvalho Araújo, encabeçando a chapa, com o professor da Faculdade de Engenharia, Hélio Antônio da Silva, como vice. Confira como foi o segundo debate.

As regras do debate foram semelhantes. Em um primeiro momento, as chapas se apresentaram e depois fizeram duas rodadas de perguntas entre si. Na sequência, cada chapa respondeu cinco perguntas de internautas e encerram a discussão. Entre os temas mais falados pelos candidatos, desta vez, foram as propostas em caso de eleição, o alinhamento com a chapa 2, que foi derrotada em primeiro turno, e a ampliação do diálogo com estudantes.

Ao fazer sua apresentação, Marcos David, candidato da chapa 1, afirmou que é importante refletir sobre o resultado das urnas. "A vitória nos foi assegurada nos três segmentos da universidade. Nós entendemos, de forma muito clara, esse sinal. A Universidade deseja uma profunda mudança", afirmou.

Quando Dimas Carvalho teve a palavra, lembrou que foi escolhido por um grupo de alunos, professores e técnicos administrativos para ser o representante de uma ideologia. "As nossas propostas permitiram que estivéssemos no segundo turno. Temos compromissos com todas as entidades representativas."

Em um momento do debate, um internauta questionou Dimas sobre o apoio recebido pelo candidato do ex-reitor Henrique Duque, lembrando a recente condenação do professor. O candidato negou qualquer ligação com Duque. "Isso já foi discutido em uma pergunta em Governador Valadares. Mas é de uma situação constrangedora e de desrespeito a comunidade acadêmica. Essa simplicidade e a ligação simplista que o ex-reitor induziu a todos os eleitores a nos eleger. É um desrespeito. O ex-reitor não nos apoia, mas se ele vota, qualquer voto é importante, afinal, ele é um professor. Nós não temos nenhum compromisso com nenhum ex-reitor. Nossa proposta veio de um grupo de alunos, técnicos e professores, que escolheram nosso nome pela experiência em gestão e história frente à universidade. Se algum responsável por essa universidade tem problemas com a justiça, com órgão de controle, cabe a ele responder. A UFJF vai facilitar o acesso à documentação", diz.

A chapa 1 também lembrou que realizou a comparação das suas propostas com as da chapa derrota em primeiro turno. "No segundo turno, é um momento de avaliar convergências. Observamos que existe uma convergência importante entre o nosso programa e o programa da chapa 2. Nesse processo, fica muito claro a luta por uma universidade democrática, transparente, e tenha um modelo de gestão baseado na competência técnica, na racionalidade de processos e no mérito acadêmico. Esse modelo foi construído para levar a UFJF para o modelo que sonhamos", pondera Marcus.

Na opinião da chapa 3, sua campanha propositiva com propostas relativas e realistas os credencia para a eleição. "Aqueles que votaram na chapa 2, que analisem nossa proposta, olhem com carinho. Eu faço essa conclamação para Juiz de Fora e para o campus de Governador Valadares", conclui Hélio.

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