Padre Pierre fará Missa do Impossível especial de Natal

Há 11 meses na Paróquia São José, o jovem busca despertar nova esperança nos fiéis na celebração em intenção aos pedidos difíceis e impossíveis

A vontade de renovar esperanças faz com que milhares de fiéis se reúnam em orações com padre Pierre Maurício Cantarino (foto ao lado), 32 anos, todas as terças-feiras, na Missa do Impossível, celebrada na Matriz de São José, localizada na avenida Sete de Setembro, bairro Costa Carvalho. O último levantamento da Polícia Militar (PM) estimou cerca de 4,7 mil pessoas, sendo que para a celebração especial de Natal, no dia 22 de dezembro, às 19h30, a expectativa é que este número seja ainda maior. Com o tema "Antes do Ano Virar, a Minha Graça eu ei de Alcançar", a estrutura da missa será ampliada, com o fechamento da avenida a partir das 8h para montagem do palco e cadeiras na extensão da via.

Padre Pierre afirma que a intenção da homilia da noite é despertar o coração das pessoas de uma forma diferente neste tempo de Natal. "O período nos adverte e garante que Jesus está entre nós para que não desanimemos. A intenção é motivar todos para oração com a certeza da chegada do grande presente na noite natalina, que é nosso pedido impossível".

Missa do Impossível

Da vontade de mostrar para as pessoas que nenhuma graça seria inalcançável aos 'olhos' de Deus, que o jovem padre Pierre começou a ministrar a Missa do Impossível, inicialmente, na Capela da Congregação Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, na rua São João, no Centro. Ordenado há apenas dois anos, Cantarino ouvia durante as confissões, sentimentos de desesperanças e isso lhe causava certo incômodo por acreditar que para Deus nada era impossível. "Não me conformei com aquilo, e da aflição surgiu a oportunidade de dar uma esperança a mais para aquelas pessoas, mostrar que elas podem refazer as forças e reescrever sua história".

Ao ser encaminhado para a paróquia São José, no início deste ano, padre Pierre deu continuidade a celebração, que passou a acontecer às terças. Devido o grande público, a missa é ministrada na parte externa da matriz, e há alguns meses foi necessário a interdição parcial da avenida pela Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), para comportar de forma segura todos os participantes. "Estamos tentando adquirir um galpão que fica ao lado da matriz para que possamos atender a todos de forma mais confortável no próximo ano, até mesmo porquê a cada semana aumenta o número de pessoas", explica.

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No dia, os fiéis escrevem em um papel um pedido impossível e dois difíceis e colocam em uma arca, que fica no pé do altar. Toda a missa é celebrada em intenção a esses pedidos. Padre Pierre garante que muitos milagres já foram operados. "Antes de começar a missa temos um espaço para as pessoas compartilharem as graças recebidas. O caso mais impressionante foi a cura de câncer na cabeça. O jovem descobriu o tumor e já tinha passado por cirurgia, mas ao fazer o exame, viu que ele tinha retornado. No dia em que foi internado novamente, passou por ressonância e nada foi encontrado. Outra história foi de uma garota que não falava e nem comia mais devido um câncer na garganta. Hoje ela vive normalmente", conta.

Padre Pierre

Padre Pierre nasceu em Juiz de Fora, mas foi criado em Rio Pomba, à 73 km do município. Na adolescência ele retornou a cidade natal para estudar o ensino médio no Colégio Técnico Pio XII, quando também se formou em técnico de enfermagem. Os estudos deram continuidade a seus conhecimentos na área de saúde que adquiriu quando trabalhou em Rio Pomba.

A vontade de se tornar padre existia desde que era pequeno e com mais idade a vocação retornou, entrando para o Seminário Santo Antônio. Foram quatro anos de estudos em Filosofia e mais quatro de Teologia, além dos trabalhos como seminarista em várias igrejas, como Igrejinha, Toledo, Valadares, Humaitá, São Pedro e Paula Lima. Já na Catedral Metropolitana foi diácono e ficou um período como padre. Ele foi ordenado em 2 de março de 2013, mesmo dia do seu aniversário e do falecimento de sua mãe, data que marcou em sua vida um misto de alegria e tristeza.

Ele afirma que todo o período como seminarista foi marcado pela proximidade que tinha com os jovens. "Meu período como missionário foi marcado junto com os jovens, trabalhava com uma igreja mais aberta e missionária e esta proximidade foi um presente. Além disso, atraia também os fiéis mais velho para novas ideias da Renovação Carismática. Conseguia fazer uma ponte entre os dois públicos".

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