O que é Pubalgia?
Pubalgia significa dor na região do púbis, ou seja, na união dos ossos da pelve à frente, entre as coxas, na sínfise púbica, região de onde partem os músculos adutores (musculatura da parte interna da coxa).
É um problema relativamente comum em atletas, acometendo cerca de 5% deles, principalmente nos que praticam corrida, futebol, futevôlei, tênis, hóquei e rúgbi.
Para entendermos melhor como ocorre a lesão, podemos imaginar a sínfise púbica como um “cabo de guerra”: acima dela se inserem os músculos abdominais e abaixo dela os músculos adutores de quadril. A pubalgia ocorre quando um dos lados puxa mais forte do que o outro, ou seja, quando um dos grupamentos musculares se sobrepõe de forma exagerada ao outro:
A sínfise púbica é uma articulação praticamente fixa, com pouquíssima mobilidade, o que faz com que ela sofra quando existe desequilíbrio entre os recrutamentos musculares em torno dela.
Os principais fatores de risco para se desenvolver a pubalgia são:
- Movimentos repetitivos
- Movimentos que levam as articulações da pelve e membro inferior ao extremo de amplitude
- Acelerações / desacelerações rápidas do corpo
- Mudanças súbitas de direção do corpo
- Saltos (principalmente em um pé só)
- Chutes muito fortes
Podemos citar como principais sintomas e sinais de pubalgia: dor na parte inferior do abdômen, dor na sínfise púbica, dor na virilha ou na coxa (no homem a dor pode irradiar para os testículos) que surgem durante a movimentação. Normalmente a dor aparece apenas em um dos lados do corpo.
A pubalgia pode ser comum também nas gestantes. A relaxina é um hormônio liberado pelo corpo durante a gestação, para que as articulações fiquem mais “frouxas”, permitindo a acomodação do bebê e a preparação para sua futura passagem pela pelve no parto normal. Por isso é muito comum que as grávidas queixem-se de dor nesta região púbica durante o segundo e terceiro trimestre. O Pilates Gestacional é uma excelente forma de tratar e prevenir futuras dores e complicações articulares. Outra dor comum na gestante é a sacroileíte, pelo mesmo motivo (a sacroileíte é o tema da próxima coluna!).
O tratamento da pubalgia pode ser feito com fisioterapia. Na fase inicial o objetivo será de controlar os sintomas e sinais inflamatórios. Depois, o fisioterapeuta poderá recorrer a alongamentos, mobilizações articulares e fortalecimento para reequilíbrio das forças musculares. Cada indivíduo responde de uma forma ao tratamento e, por este motivo, não existe “receita” para o tratamento. Ele deve ser prescrito de forma individual e gradual, respeitando o tempo e a condição de cada paciente.
Para quem dorme de lado, o ideal é SEMPRE dormir com um travesseiro entre as pernas, para prevenir diversas condições (pubalgia, síndrome do piriforme, bursite trocanteriana, tendinopatias, hérnias de disco, sacroileíte, dentre muitas outras).
Após o início do tratamento fisioterápico o paciente notará maior facilidade de movimentação da perna do lado afetado, diminuição de dor na virilha e púbis, além de leveza para caminhar.
O Pilates também é uma ótima opção para fortalecer e prevenir a pubalgia!
Obrigada pela leitura e até a próxima!!!
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