Campanha conscientiza população com o objetivo de reduzir o preconceito que envolve a psoríase
*Colaboração
O Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), promove campanha pelo Dia Mundial da Psoríase nesta quinta-feira, 29 de outubro. Das 9h às 12h, a equipe de médicos e residentes da instituição estará no Calçadão da rua Halfeld, em frente ao Cine-Theatro Central, distribuindo panfletos para conscientizar a população. O objetivo é reduzir o preconceito que envolve a psoríase.
"Muitas pessoas pensam que as lesões e manchas vermelhas na pele, provocadas pela doença, são contagiosas. Na verdade, não são. Trata-se de uma doença crônica que não tem cura", explica a dermatologista coordenadora da campanha, Flávia Medeiros Reis. Segundo ela, no hospital são tratados semanalmente uma média de 40 a 50 pacientes, desde a triagem laboratorial até a consulta clínica.
A dermatologista indica que esta média é normal, levando em conta que a doença tem um índice de 2% a 3% da população mundial. "A doença se manifesta com mais frequência em pessoas de 30 a 40 anos e a causa ainda é desconhecida. Inicialmente, aparecem manchas avermelhadas e esbranquiçadas na pele, mais comuns no couro cabeludo, joelhos e cotovelos, e podem se espalhar por todo o corpo. No inverno e nas pessoas com altos níveis de estresse, a incidência da doença é maior", ressalta Flávia.
Tratamento
O tratamento é periódico, já que as lesões aparecem e desaparecem sem previsão. Nos estágios iniciais, são prescritas pomadas, loções, xampus ou géis. Nas formas mais avançadas, o tratamento é realizado através de sessões semanais de fototerapia e medicamentos de uso oral ou injetável. Segundo Flávia, os medicamentos biológicos injetáveis têm dado resultado positivo, atuando diretamente no sistema imunológico para diminuir o processo inflamatório.
Encaminhamento
Em Juiz de Fora, o HU é o único centro de tratamento público que oferece acompanhamento médico para pacientes portadores da doença. O atendimento é efetuado às sextas-feiras, na unidade Dom Bosco, das 9h às 11h. O encaminhamento de pacientes é realizado somente pelo SUS, por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Quatro residentes fazem a triagem no ambulatório específico de dermatologia e, quando a doença não é identificada a olho nu, o diagnóstico é feito através da biópsia.
*Pablo Cordeiro é estudante do 9º período de Comunicação Social da UFJF
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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