Segunda-feira, 2 de maio de 2011, atualizada às 19h

Primeiro dia de greve dos médicos da PJF compromete atendimento de clínicas especializadas e nas Uaps

Aline Furtado
Repórter
Médico

No primeiro dia da greve dos médicos da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), nesta segunda-feira, 2 de maio, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) tiveram dificuldades de acesso ao serviço.

Com a greve, quem tinha consulta agendada no PAM-Marechal e no PAM-Andradas, assim como aqueles que buscaram o local para marcar consultas, ficaram sem atendimento. Nos locais, onde são prestados atendimentos relacionados a clínicas especializadas, a adesão foi total.

Na Policlínica de Benfica e no Hospital de Pronto Socorro (HPS), só os atendimentos de urgência e emergência foram realizados. Segundo informações da Secretaria de Saúde (SS), a assistência nas unidades de urgência e emergência não foi comprometida. Ainda segundo a pasta, 75% das Unidades de Atenção Primária à Saúde (Uaps) funcionaram normalmente. Nas demais, a adesão ao movimento de greve foi parcial ou total. Já o presidente do Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora, Gilson Salomão, afirma que 70% das Uaps aderiram ao movimento.

Com relação às Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) de Santa Luzia e do São Pedro, o fluxo de atendimento foi normal, segundo a assessoria da SS. Em nota, a PJF informou que os municípios pactuados foram informados, via Gerência Regional de Saúde (GRS), de que as consultas desta segunda-feira, seriam desmarcadas. Os atendimentos serão remarcados assim que a situação for regularizada.

A greve, deflagrada por tempo indeterminado, foi aprovada após a categoria entender que a Prefeitura não atende às reivindicações, que incluem o cumprimento do acordo firmado em 2009, que previa a criação de um plano de cargos e salários, além da valorização da carreira e da realização de concursos públicos, a fim de suprir a carência de profissionais. Além disso, os médicos buscam a elevação do piso salarial de R$ 1.368 para R$ 9 mil, para a jornada de 20 horas semanais, conforme previsto pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam).

Negociação salarial

Com relação a outras categorias em campanha salarial, como professores, engenheiros e servidores, a PJF apresentou nesta segunda-feira, durante encontro com líderes sindicais, proposta  de reajuste salarial que chega a 8,23% até o final de 2011. O índice é resultado da soma do IPCA projetado para o período (maio 2010/abril 2011), que é de 5,89%, com o valor de 2,34% referente às perdas ocorridas em 2009, sendo a recomposição dividida em duas parcelas, uma a ser paga em 1º de setembro, de 1,34%, e a outra em 1º de novembro, de 1%.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken