Detetive O profissional da investiga??o

Veja as dicas de Jorge Filtsoff, detetive h? 30 anos, sobre a profiss?o e como anda o mercado de trabalho para quem se interessa por esta atividade. Para ver clique no ?cone ao lado

Veja!


Renata Cristina
Colabora??o
10/08/2006

Eles s?o fi?is personagens de filmes de a??o e respons?veis por desvendar tramas dif?ceis aos olhos de muita gente. Quem ? que nunca viu na telona um detetive em busca de um caso que parecia perdido? Sherlock Holmes, o detetive ingl?s mais famoso do mundo, soube durante toda a sua trajet?ria representar a rotina desses profissionais, ? claro, que um toque de glamour.

Para os que pensam em ingressar no ramo, o investigador aposentado da Pol?cia Civil e detetive particular h? 30 anos, Paulo C?sar Barela, aconselha: "N?o h? nenhum dia rotineiro". Ele deixou a faculdade de Engenharia e ingressou no ramo em tempos de Ditadura Militar, atrav?s do Instituto de Investiga?es Cient?ficas e Criminais e teve a oportunidade de acompanhar a evolu??o da atividade no Brasil. "T?nhamos muitas barreiras, principalmente, com a Ditadura, pois tudo devia passar pelo governo. Hoje o trabalho ? bem mais f?cil", salienta.

Atualmente, Barela atua em investiga?es particulares, como casos de infidelidade conjugal, localiza??o de pessoas e bens, entre outros. Para realizar esse trabalho, precisa de um arsenal de carros, motos, roupas e ferramentas de comunica??o. "J? tive que me vestir de mendigo, mulher, usar peruca e disfarces", relembra. No seu material de campo, ainda, h? espa?o para mais um meio de locomo??o: um cavalo. "Tive que comprar para investigar alguns casos", diz.

Segundo o especialista, a profiss?o exige muita dedica??o e honestidade. "As pessoas t?m que estar preparadas para todos os tipos de situa?es, ter paci?ncia no caso de uma campana e tomar cuidado com as propostas il?citas", afirma. Outro ponto destacado pelo detetive ? a capacidade de lidar com dados e informa?es desconexas. "? preciso tiroc?nio, ou seja, intelig?ncia", enfatiza.

Para os que pensam que a atividade ? s? para homens, est? muito enganado. H? 22 anos na profiss?o, a detetive particular, Gra?a Gomes tomou gosto pelo of?cio j? na inf?ncia, quando via o pai da Pol?cia Federal trabalhando em seus casos. "Acho que est? no sangue", confessa. Entre as qualidades de um bom detetive, ela destaca o bom car?ter e a discri??o. "N?o d? para quem ? desonesto e gosta de aparecer. H? casos de investigadores que subornam as pessoas investigadas para n?o divulgarem os dados corretos", relata.

A detetive diz tamb?m que a profiss?o oferece algumas oportunidades positivas, como a boa remunera??o, em geral os detetives cobram por hora e os servi?os s?o car?ssimos, e a variedade de ocorr?ncias. "N?o h? um dia igual ao outro", comenta.

?reas de atua??o

O detetive profissional pode trabalhar em ramos diversos, desde os servi?os de intelig?ncia da Pol?cia, em ag?ncias e at? como aut?nomo, em casos particulares. O dono de uma ag?ncia especializada e tamb?m detetive por 30 anos, Jorge Filtsoff afirma que o campo de atua??o ? muito vasto e passa por infidelidade conjugal, d?vidas familiares, como o consumo de drogas por adolescentes; localiza??o de pessoas, como devedores, pais biol?gicos, acompanhamento de rotinas, como a de bab?s; pesquisa de grampos telef?nicos, caso voc? desconfie que o seu aparelho esteja grampeado; distribui??o de cartas precat?rias para advogados, entre outros.

A profiss?o de detetive ? regulamentada pelo decreto n? 50.532, conferindo um registro profissional aos que est?o em campo. Para isso, ? necess?rio um curso de forma??o que pode ser realizado em ag?ncias cadastradas, pessoalmente ou via correspond?ncia.

"Com o diploma e a carteira de detetive, os formados est?o habilitados em dirigir organiza?es de seguran?a particular, montar uma ag?ncia de informa?es, firmar contratos de presta??o de servi?os com bancos, casas comerciais e embaixadas", afirma Filtsoff.

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