Dia Mundial do Diabetes alerta população sobre incidência crescente da doençaCentro Hiperdia de Juiz de Fora, implantado em 2010, serve como referência para cerca de 856 mil pessoas da cidade e de municípios do entorno

Aline Furtado
Repórter
14/11/2011
Teste glicêmico

Na data em que é comemorado o Dia Mundial do Diabetes, nesta segunda-feira, 14 de novembro, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) alerta para crescente incidência da doença entre a população. Segundo a SES-MG, estimativas apontam que cerca de 10% das pessoas acima de 20 anos seja acometida pela doença, o que sugere aproximadamente 1,3 milhões no total. A faixa etária de maior prevalência é a partir dos 40 anos de idade.

A fim de esclarecer e tratar a doença, além da hipertensão, de doenças cardiovasculares e de doenças renais crônicas, foram criados, em todo o Estado, centros Hiperdia. Em Juiz de Fora, o Centro de Referência Secundária em Hipertensão e Diabetes (Centro Hiperdia), implantado em 2010, serve como referência para cerca de 856 mil pessoas, residentes na cidade e em municípios como Lima Duarte, Bom Jardim de Minas, Santos Dumont, São João Nepomuceno e Bicas.

Até julho deste ano, foram realizados 7.772 atendimentos a pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica de alto grau de risco cardiovascular global, portadores de diabetes tipo 1 e portadores de diabetes tipo 2, além de pacientes com doença renal. Foram realizados, também, desde o início deste ano, mais de 890 exames especializados.

Os tipos mais frequentes são o diabetes tipo 2, que compreende cerca de 90% dos casos, e o diabetes tipo 1, conhecido como diabetes juvenil, que compreende cerca de 10% do total. Uma das formas de combater a doença é excluir fatores de risco, como tabagismo, álcool, sobrepeso e obesidade.

Os dois tipos de diabetes

O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, caracterizada pela destruição das células produtoras de insulina, o que ocorre por engano, já que o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta autoimune. Quem tem este tipo de diabetes precisa tomar injeções diárias de insulina para regularizar o metabolismo do açúcar, pois sem a insulina, a glicose não consegue chegar até às células, que precisam da insulina para queimar e transformar o açúcar em energia.

Além disso, é importante manter uma alimentação saudável e realizar atividades físicas. As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração. Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar sintomas como vontade de urinar diversas vezes, fome frequente, sede constante, perda de peso, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudanças de humor, náusea e vômito.

O diabetes tipo 2 é cerca de oito a dez vezes mais comum que o tipo 1, e o paciente pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos orais ou a combinação deles com insulina. Os principais sintomas são infecções frequentes, visão embaçada, dificuldade na cicatrização de feridas, formigamento nos pés e furunculose.

Uma das peculiaridades do diabetes tipo 2 é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, as células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sanguínea, acarretando resistência insulínica.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken