Ana Stuart 7/07/2015 O Bullying começa em casa
Ao contrário do que muitos pensam, o Bullying não é uma prática que acontece somente no âmbito escolar, mas pode e normalmente ocorre nos seios familiares. Como os apelidos, brigas físicas, deboches constantes, agressões veladas e muitas vezes silenciosas.
E o que o adulto não percebe é o quanto isto interfere no desenvolvimento psicossocial das crianças, adolescente, idosos e os próprios adultos que convivem em determinado ambiente. Isso ocorre não apenas entre o casal, mas entre os próprios irmãos e avós que ali convivem, inclusive empregados da casa. Para que haja o Bullying é necessário que exista o Autor, o Alvo e as Testemunhas, e estas testemunhas não se envolvem diretamente nos atos de Bullying, mas convivem no ambiente incapazes ou com dificuldades de reação.
As consequências do Bullying não se restringem apenas ao momento do ocorrido, mas por toda vida. Consequências desastrosas para a vida emocional, como repetição dos atos violentos, principalmente quando não há punição ou diálogo aberto sobre o ocorrido com a devida emenda. Ocorre também como dificuldade nas relações sociais, podendo desenvolver a Fobia Social, os vícios como fuga ao ambiente hostil, desencadeando diversos tipos de transtornos, levando ao ápice da autodestruição.
Os maiores danos ocorrem com as crianças e os adolescentes por estarem na fase de desenvolvimento, principalmente se forem atos recorrentes no lar, neste caso um lar disfuncional, sendo considerado até como atos perversos.
Portanto, é importante observarmos como estamos lidando com nossas relações interpessoais em nosso âmbito familiar, sempre alerta para não vitimizarmos a nos mesmos e a nossos entes mais queridos!
Ana Stuart é psicóloga e terapeuta familiar
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