Fot?grafo Esp?rito aventureiro e muita persist?ncia

O editor de fotografia Humberto Nicoline conta como ? o dia-a-dia do fotojornalista. Clique no link ao lado e ou?a!


Ou?a!

Rita Couto
*Colabora??o
18/08/2005

Foto: Humberto Nicoline

Festas de anivers?rio, viagens com a fam?lia, momentos especiais com os amigos, grandes acontecimentos. Tudo pode ser registrado em uma fotografia. Se voc? gosta de fazer fotos, ? perspicaz e ainda n?o sabe que carreira seguir, que tal ser fot?grafo?

Em Juiz de Fora, n?o existe curso superior espec?fico para fot?grafos, mas algumas institui?es oferecem a disciplina de fotografia na grade curricular, como a Faculdade de Comunica??o (Facom) e a Faculdade de Artes da UFJF, os cursos de Comunica??o Social da Est?cio de S?, nas habilita?es Publicidade e Propaganda e Jornalismo e o curso de Jornalismo da UNIPAC. Atrav?s dessa disciplina, os alunos t?m o contato com novas tecnologias e aprendem algumas t?cnicas fotogr?ficas.

O fot?grafo pode atuar em diversas ?reas e as principais s?o fotojornalismo, publicidade, social e art?stica.

Fotojornalismo

Com uma experi?ncia de 25 anos, o editor de fotografia do jornal Panorama, Humberto Nicoline (foto ao lado), define o fotojornalismo como "o exerc?cio di?rio da cidadania", pois o profissional lida com os dramas humanos, conhece os direitos e deveres do cidad?o, aproxima-se de conflitos para fazer uma foto e n?o publica uma imagem que n?o seja ?tica.

A caracter?stica mais marcante desse tipo de fotografia ? a carga informativa passada junto com a imagem. Sua fun??o ? completar com algo novo as informa?es fornecidas ao leitor atrav?s da mat?ria jornal?stica. "H? not?cias no jornal impresso que s? tem a foto e uma pequena legenda em baixo e, por isso, a imagem tem que ter uma grande carga informativa", completa Nicoline.

Humberto diz que a quantidade de pessoas que se interessam pelo fotojornalismo ? pequena porque "poucos se aventuram ? loucura do dead line e da reda??o". Mas, apesar do pequeno interesse, o fot?grafo fala que o mercado ? bem restrito.

Publicidade, social e art?stica

Kempton Vianna (foto ao lado), fot?grafo h? 12 anos, diz que a fotografia publicit?ria ? a constru??o da realidade com o objetivo passar uma id?ia espec?fica.

"O cliente traz uma id?ia e n?s desenvolvemos o trabalho. Mexemos com efeitos de luz, volume, altura, entre outros. Por isso, ? preciso que o profissional saiba um pouco de tudo", diz Kempton. "?s vezes, temos que fazer um suporte de madeira com um determinado formato para colocar um produto ou montar um sensor eletr?nico e precisamos saber sobre marcenaria e eletr?nica", completa.

As fotos art?sticas s?o, geralmente, em est?dio, e as pessoas fazem v?rias poses com roupas diferentes e maquiagem especial, al?m das imagens em preto e branco, com pequenos detalhes em outra cor. J? a fotografia social ? o registro de casamentos, festas de 15 anos e bodas.

Para esses g?neros de fotografia, Kempton acredita que o mercado est? bem favor?vel. "Existem muitos profissionais, mas poucos s?o realmente bons e atendem ?s expectativas dos clientes. Com for?a de vontade e persist?ncia ? poss?vel fazer nome", fala o fot?grafo.

Caracter?sticas

As caracter?sticas de um bom profissional de fotografia s?o, para Nicoline, a humildade para aprender uma coisa nova a cada dia e esp?rito aventureiro para enfrentar os conflitos, tirar fotos a?reas e subir em lugares dif?ceis para se conseguir uma boa imagem. Al?m disso, a for?a de vontade e o interesse tamb?m contam muito. Vianna tamb?m partilha dessa opini?o e afirma que ? preciso ter muita persist?ncia e estudar bastante sobre as novas tecnologias.

Fot?grafo x retratista

Kempton diz que a diferen?a entre fot?grafo e retratista ? que o primeiro cria, monta a realidade e o segundo, apresenta com exatid?o o mundo. "Grandes nomes da pintura, como Rembrandt, faziam retratos das pessoas, eram retratistas", finaliza.

*Rita Couto ? estudante do quarto per?odo de Comunica??o Social da UFJF