Setor financeiro lidera o ranking de reclamações do Procon

Sexta-feira, 12 de dezembro de 2008, atualizada ?s 17h06

Setor financeiro lidera o ranking de reclama?es do Procon

O Procon de Juiz de Fora divulga o balan?o parcial das atividades de 2008. Os dados apontam que foram realizados 22.818 atendimentos, sendo 9.169, ou seja, 31,93%, na ?rea financeira. Entre os alvos de reclama?es no setor est?o os bancos, financeiras e administradoras de cart?es de cr?ditos.

Outro segmento em que h? conflitos com o consumidor ? o de servi?os essenciais. ?gua, luz, telefonia fixa e m?vel, dentre outros, s?o respons?veis por 8.212 reclama?es, ou 28,60%. A faixa et?ria entre 21 e 60 anos s?o as que mais registram reclama?es, e s?o as mulheres as respons?veis pela maior parte delas.

Em 2007, foram 19.653 atendimentos. Os assuntos financeiros tamb?m estiveram no topo, com 6.389 consumidores insatisfeitos, ou 32,51%. Segundo o superintendente do Procon de Juiz de Fora, Eduardo Schr?der, cerca de 93% dos atendimentos s?o solucionados.

Schr?der afirma que, nos ?ltimos cinco anos, o n?mero de reclama?es dobrou. Para ele, a popula??o est? mais consciente dos seus direitos e o ?rg?o tem investido em a?es de educa??o para o consumo. Outro fator que justifica o aumento nas reclama?es ? o crescimento da economia. "Os produtos est?o mais acess?veis para as classes menos privilegiadas e o cr?dito mais f?cil. Os bancos, por exemplo, vinham investindo em cr?dito para as classes C, D e E, at? os aposentados viraram alvos dos empr?stimos."

Empresas ainda n?o cumprem regras do call center

Desde 1? de dezembro, vigora uma lei que tem como objetivo garantir o atendimento humanizado, de qualidade e efetivo ao consumidor. As novas regras para o call center poderiam evitar que as reclama?es chegassem ao Procon, entretanto, Schr?der afirma que a maioria das empresas est?o longe de atingir as perspectivas de melhora.

"Aconselhamos sempre o consumidor a tentar o contato direto com a empresa. Como s?o mal atendidos e acabam n?o conseguindo resolver o problema, recorrem ao Procon." Para ele, n?o ? hora mais de dar tempo ?s empresas para se adaptarem. "A melhora tem que ser imediata. ? direito do consumidor ser bem atendido."