Sexta-feira, 7 de outubro de 2011, atualizada às 19h01

Trabalhadores dos Correios rejeitam proposta e dissídio será levado a julgamento

Da Redação
Foto dos correios

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Oreste Dalazen, apresentou uma nova proposta aos Correios e à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Telégrafos (Fectect), em audiência nesta sexta-feira, 7 de outubro.

O reajuste apresentado é de 6,87% retroativo a agosto, com abono imediato de R$ 800 e aumento linear de R$ 60 a partir de janeiro de 2012, além da devolução dos dias já descontados, a serem pagos em 12 parcelas a partir de janeiro de 2012, e compensação dos demais dias.

A proposta foi aceita pelos Correios, mas rejeitada pela Fentect, devido à questão do ponto. Com isso, o presidente do TST decidiu levar a julgamento o dissídio da greve em sessão extraordinária na próxima terça-feira, 11 de outubro, às 16h. O relator sorteado é o ministro Maurício Godinho Delgado.

Dalazen alertou os representantes dos trabalhadores que a jurisprudência do TST em relação à matéria segue a Lei de Greve: a greve suspende o contrato de trabalho e, portanto, não se defere o pagamento dos dias de paralisação, a não ser em greves por atraso nos salários. Dessa forma, o anseio da categoria por não ter os dias descontados, pode se frustrar. No fim da audiência, o ministro assinalou que as partes podem fazer acordo a qualquer momento e comunicar o fato ao TST, pedindo a desistência do dissídio e a homologação do acordo.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken