Quarta-feira, 17 de março de 2010, atualizada às 19h18

Dia Internacional da Síndrome de Down é lembrado em Juiz de Fora como oportunidade de incentivo à inclusão

Aline Furtado
Repórter

Às vésperas de ser comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down, em 21 de março, a necessidade de investimento no processo de inclusão das pessoas que têm a doença é apontada como a solução para a barreira criada devido ao preconceito cultural.

De acordo com o presidente voluntário da Associação de Livre Apoio ao Excepcional (ALAE), Luiz Gonzaga Chafi Hallack, estima-se, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que 17% da população brasileira apresente algum tipo de deficiência. Deste total, 10% têm transtornos mentais, sendo 5% com Síndrome de Down.

Para Hallack, embora já se percebam mudanças, é preciso motivar a sociedade para que as pessoas saibam da autonomia daqueles que têm a Síndrome. "Buscamos inclusão social, que abrange todas as formas, inclusive a inserção no mercado de trabalho. É preciso que as pessoas conheçam mais para que as barreiras sejam atenuadas."

A fim de promover esta motivação, será realizado, na próxima quinta-feira, 18 de março, um evento que vai comemorar o Dia Internacional da Síndrome de Down e os 25 anos da ALAE em Juiz de Fora, além de ser lançado o concurso para a escolha da logomarca comemorativa do aniversário da instituição. Haverá também apresentação do contador de histórias Fabrício Conde e palestra com representantes da ONG Família Down, de Belo Horizonte.

Ao final do evento, que está marcado para as 16 horas, será servido um coquetel com produtos confeccionados por alunos e voluntários da ALAE, como biscoitos, pães, geleias, entre outros. A comemoração ocorre na Praça Doutor João Tostes, s/n, Bom Pastor.

Bons resultados

De acordo com informações da Secretaria de Saúde (SS) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), o ambulatório que atende aos pacientes com Síndrome de Down na cidade atingiu cobertura equivalente a 100% com relação ao tratamento do hipertireoidismo, doença comum entre aqueles que apresentam Down. Além disso, o serviço de reabilitação do setor proporciona à grande parte das crianças assistidas a possibilidade de andar antes do período geralmente previsto.

O ambulatório tem hoje 400 usuários cadastrados, realizando aproximadamente 50 atendimentos por mês. O trabalho é voltado à saúde física, psíquica e biológica dos atendidos, por meio de atividades multidisciplinares. São oferecidas consultas de rotina e, se necessário, especializadas, como para o tratamento da cardiopatia por exemplo.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes